quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Caciques ou índios.




Não sou de elogiar publicamente políticos, até porque geralmente essa classe não goza de qualquer credibilidade entre o povo brasileiro e está dotada de raros exemplos de honestidade.
Contudo, já havia escutado o nome Roberto Requião, só não sabia que o cidadão era tão pau ferro. Para quem não sabe, ele é o atual Governador do Paraná (reeleito) e, é um político que “mata a cobra e mostra o pau”!
De uma simples pesquisa, depreende-se uma trajetória política invejável, sendo deputado, prefeito, senador, governador e ainda por cima é advogado e jornalista.
Criou uma polêmica proibindo o embarque de soja transgênica no Porto de Paranaguá, mas nada se compara com os discursos e ações realizadas por ele na busca do melhor por seu Estado.
Em um de seus discursos, em que foi vaiado por suas ações polêmicas - disse que burrice não doía, no entanto para alguns dos presentes que estavam urrando (vaiando) a burrice dói, pois urravam feito burro e com o perdão da palavra deveriam “meter” a faixa trazida no “rabo” e terminou pedindo para ser incluído nas orações dos presentes.
Ainda, quando os agentes penitenciários tentaram pedir um aumento no “mísero” salário de R$ 3.300, ele disse que os professores ganhavam à metade disso, e que não iria pagar hora extra não trabalhada, e ainda afirmou que se os agentes experimentassem fazer uma paralisação era “rua”, “pau” e cadeia.
Claro que ninguém é perfeito, eis que ele é acusado de nepotismo, todavia penso que precisamos mais do jeito Requião em nossa Região, ou seja, alguém que sem medo enfrente os problemas públicos e tenha coragem e honestidade para tomar as medidas necessárias, sem medo de caciques ou índios.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Salário de fome.



“Quem foge à luta, golpeia a si próprio” (General Osório). Partindo dessa premissa, podemos afirmar que os aposentados brasileiros não estão a golpear-se, eis com maestria estão no meio do fogo cruzado de um grande embate político entre o Governo Federal e a maior Casa Legislativa brasileira.
Na noite dessa terça-feira, aconteceu, até por volta das 6h05 de quarta-feira, a terceira vigília em defesa dos interesses dos velhos guerreiros no Plenário do Senado Federal.
Esse movimento político está gerando muita discussão e, inclusive, já está transcendendo os limites do Senado, eis que já existe possibilidade de inúmeras manifestações no país, como por exemplo, a que acontece hoje na cidade de Santos, onde haverá paralisação por duas horas de todos os serviços públicos em apoio a causa. Apóie você também.
O foco dessa guerra é aprovação de três projetos de lei: (PLS) 296/03, que acaba com o chamado fator previdenciário, o (PLS) 58/03 que dispõe sobre a recomposição das perdas de rendimentos sofridas e também o (PLC) 42/07, que assegura aos benefícios dos aposentados reajuste igual ao do salário mínimo. O que é o mínimo! Acontece que a base do governo na Câmara não está disposta, por orientação, a aprovar os referidos projetos.
Essa batalha promete, eis que o principal líder do movimento, Senador Paulo Paim, já foi acusado de estar tentando se promover para próxima eleição, por ter afirmado, que todos os aposentados irão acabar ganhando apenas um salário mínimo no final da vida, justamente quando mais irão precisar de dinheiro. O que fica é a esperança de vitória do Senado nessa gigantesca queda de braço, pois todos nós seremos aposentados um dia, e, sem dúvidas, não vamos querer receber um salário de fome.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Do céu ou do inferno...




Há milhões de anos a Terra está girando em torno de si e do Sol, mas poucos foram os humanos felizardos (astronautas) que conseguiram observar esse gigante show fantástico de fora do planeta. Nem por isso ele deixa de se repetir a todo segundo. Mais ainda, todos os dias o Sol nasce e se põe em um espetáculo maravilhoso e, poucos são os observadores no mundo todo.
Com isso, fica claro que muitas vezes ignoramos as forças da mãe natureza, no entanto, elas estão mais presentes em nossas vidas do que podemos imaginar, ou você não sabe que somente hoje recebeu em seu corpo muita radiação solar? Quem não sabe, pelo menos já pode observar na televisão os efeitos dos furacões, queimadas, terremotos, maremotos e ondas gigantes. Não é verdade?
Contudo, talvez esses fenômenos também possam passar despercebidos aos menos atentos, eis nós ainda temos que aprender que não somos o centro do universo. Quem diria que uma “chuvinha” continuada teria o condão de matar mais de 100 pessoas e deixar milhares de desabrigados em Santa Catarina. Absolutamente ninguém.
Exatamente por essa premissa que os efeitos dessa chuva pegaram todos de surpresa, inclusive, as autoridades públicas, que nunca tomaram medidas para minimizar esse problema local, que agora deixou o país inteiro solidário ao acontecimento, o que fez a defesa civil nacional se mobilizar para minimizar essa tragédia.
Engraçados somos nós seres humanos. Ao mesmo tempo em que ficamos solidários com os problemas dos catarinenses, que morreram afogados, soterrados ou estão sem teto, somos capazes de invadir, saquear casas, apartamentos, mercados, lojas e tudo mais que encontrarmos pela frente. Urgentemente temos que escolher de que lado estamos, do céu ou do inferno...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vai que essa moda pega...

Segundo o dicionário, a palavra honestidade significa: honradez, dignidade, decência, pureza, virtude, probidade e decoro. Todavia, penso que o seu significado vai muito além dos limites impostos pela língua. O verdadeiro símbolo dessa palavra vai longe, transcendendo os limites do mundo atual, eis que ser honesto nos dias de hoje é sinônimo de ser “boca aberta”.
O velho jeitinho brasileiro, que ensina tirar vantagem em tudo, faz com que o sentimento de malandro impere sobre a honestidade, fato este que revolta as pessoas que têm o mínimo de decência. Talvez seja esse o último fio de esperança que não deixe o inferno se instalar na terra. Tanto é assim, que quando alguém se mostra honesto, logo vira notícia.
Não foi diferente com o lageano Antonio Carlos Muniz dos Santos, que pelo jeito, honra à palavra pelo fio do bigode e não precisa recorrer ao vernáculo para saber como é ser honesto.
Mais ou menos nos moldes daquelas piadas de português, na quinta-feira passada, ele achou um envelope no chão. Ao abrir, encontrou uma fatura de uma loja, que venceria dois dias depois, juntamente com R$ 170,00 em dinheiro que, em tempos de crise global, são bem mais que tentadores. Não é mesmo? Quanto mais para quem não tinha um “puto pila” no bolso.
Mesmo assim, ele não pensou duas vezes, e foi até a loja pagar a bendita fatura, no valor de R$ 167,07, de uma pessoa que nem conhecia. Que “português bobo” pensa o brasileiro velhaco. Mal sabia Antonio que, pouco antes de encontrar a conta, Edgar Goebel, também numa pindaíba financeira, era quem havia perdido aquele valoroso dinheirinho.
Edgar desesperado procurou, mas não encontrou e, arrumou o dinheiro com um amigo para ir até a loja. Ao chegar lá, surpreendentemente a conta estava paga. Prova inequívoca que pessoas honradas ainda existem. Por isso faça como Antonio, de um bom exemplo, vai que essa moda pega...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Luz no fim do túnel.




Passados quase dois anos da posse da governadora Yeda Crusios, é chegada à hora de fazermos uma pequena avaliação do “novo jeito de governar”. Para quem não sabe, nesse curto período 19 secretários caíram, três importantes medidas foram rejeitadas pela Assembléia Legislativa, o vice-governador nunca esteve integralmente ao lado do governo e vários escândalos aconteceram, como, por exemplo, a fraude do Detran e a compra da residência da governadora.
Como se tudo isso não bastasse, esse governo aumentou impostos, investiu pouco e não deu nenhum aumento para os funcionários públicos e, sequer mostra boa vontade em conceder, visto que ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade visando anular a lei federal que estipulou o piso mínimo a ser pago aos professores.
Isso sem mencionar os salários dos serventuários da justiça, Polícia Civil e Brigada Militar, que merecem, no mínimo, um reajuste de 38%. Mas nem tudo esta perdido para nosso Rio Grande. Todas essas ações desastrosas politicamente, que talvez signifiquem que nossa governadora não seja eleita nem presidente de seu bairro no futuro, estão diminuindo drasticamente o déficit do Estado.
Pela primeira vez nos últimos dez anos o déficit ficará em torno de 200 milhões em 2008 e para 2009 segundo o Secretário de Fazenda será zero, ou seja, nenhum gasto público estará fora dos valores arrecadados.
Nessa linha, podemos afirmar que velhas práticas adotadas pelas donas de casa, como poupar água, luz e supérfluos dão resultado, inclusive, nas contas de um Estado, o que possibilitará um ano de 2010 cheio de investimentos, ou seja, há uma luz no fim do túnel.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Brasil está precisnado do jeito do Requião.

Quem viver verá.



Com o slogan de campanha “Yes, we can”, que na língua inglesa quer dizer “sim nós podemos”, o candidato Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos, tornando-se o homem com maior poder na Terra. Poder este bélico e econômico, que até onde se sabe são as duas únicas maneiras de destruir qualquer soberania nacional.
Até ai tudo bem. No entanto, se fizermos as ciências humanas, sociais e exatas conversarem de uma forma multidisciplinar, visando um único fim e, por exemplo, pegarmos os ensinamentos da física, que nos orienta sempre observar o referencial que é adotado para analisarmos as coisas, podemos afirmar que para o Universo, Obama será o rei de um grão de areia.
Reinar um grão de areia no Universo não é nada. Governar os Estados Unidos aqui na Terra é muita coisa, visto que as decisões que o presidente eleito tomará nos próximos anos irão afetar diretamente nossas vidas aqui, seja no preço dos alimentos, dos combustíveis e até mesmo na solidez de nossa economia de “bolha”.
Resta para nós sabermos a resposta para pergunta que nasce do slogan: podem o quê? Podem terminar com as guerras no oriente médio? Terminar com o bloqueio a Cuba? Com a perseguição ao mundo árabe? Acabar com os absurdos subsídios aos seus agricultores? Com a negativa de assinarem tratados internacionais que obrigam a redução de poluentes? Ou com a arrogância com que tratam o resto dos países? Não sei.
O que fica com essa vitória histórica, que uniu todas as etnias que residem nos EUA e o povo americano, que votaram em massa, é a clara a promessa de mudança no mundo todo, quem viver verá.

Somos do tamanho dos nossos sonhos...




O assunto dessa semana brota da sala de aula, especificamente do tema de uma redação. Para quem não sabe, etimologicamente, o significado da palavra aluno é: sem luz. Então, eis que do sem luz, veio à luz. Estava totalmente sem inspiração para escrever a coluna e, um aluno me questionou sobre o tema de sua redação, qual seja: Umas pessoas valem mais do que outras?
Tema profundo, que exige uma extensa reflexão no mundo atual. Será que sim ou será que não?
Absolutamente a resposta é não. Não podemos perder a ternura, como diria um finado revolucionário. Ninguém vale mais ou menos que alguém. Todo mundo é igual, não é verdade? Todo mundo faz “xixi” e “cocô”. Todos somos seres humanos. Todos somos uma alma e nascemos pelados do mesmo jeito. “Voto de pelado vale igual ao de doutor”. Pensamos, logo existimos.
Acontece que uma pedra existe. Logo ela pensa? Não sei. O que vejo é a relevância do tema que irá ser debatido pelos alunos do ensino médio, pois na sociedade consumista e capitalista atual, parece que umas pessoas realmente valem mais.
Chegar nessa conclusão é assumir a falência da ética e dos princípios morais. No entanto, para constatarmos essa discriminação social, basta ver as entradas de serviço, os elevadores de carga, as áreas VIPS, as suítes presidências e o famoso jargão: “sabe com quem que tu ta falando”?
As pessoas passaram a ser do tamanho de seus pertences, ou seja, quanto menor for a classe social, menor é o valor dessa pessoa. Hipocrisia sem fundamento. Fracasso do Estado Democrático de Direito. Negação da natureza. Somos do tamanho dos nossos sonhos.

Salvando vidas...



Ao analisarmos o comportamento de nossa sociedade, não temos como não ficarmos totalmente perplexos. Parece que estamos perto do fim. Todo o dia o terror invade nossas casas. Nessa semana foram mais de 100 horas de sofrimento. Porém, dessa vez, não era o caso Isabela. Era o drama de Eloá.
O povo brasileiro já está começando a se acostumar com o sofrimento alheio. Dia desses, na TV, um repórter noticiava um acidente automobilístico e, ao fundo, percebia-se um ser humano com respiração ofegante preso nas ferragens prestes a morrer. Cúmulo sensacionalista. Banalização da morte. Até parece filme americano.
No entanto, lá é ficção e aqui é realidade vivenciada diariamente em histórias de crianças sendo jogadas de prédios e tiro na cara de reféns de 15 anos. Nada mais é impressionante aos olhos do brasileiro.
Talvez por isso, que a nossa mídia vai tão longe em suas coberturas jornalísticas, fazendo com que exista uma falta de sendo na mensagem que é enviada a população.
Todavia, a “super” cobertura do caso Eloá, pelo menos, irá servir para alguma coisa: - análise dos peritos criminais para determinar a ordem cronológica de todos os acontecimentos.
Dessa forma, público e notório viraram os fatos, inclusive, que os disparos só ocorreram após a invasão do apartamento e que todo o crime foi passional.
O que fica dessa enorme tragédia é a mensagem de solidariedade da mãe de Eloá que já perdoou o assassino e no mesmo segundo doou todos os órgãos de sua filha, transformando sua perda imensurável em esperança para outras cinco famílias, salvando vidas...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Crise de Confiança




No mês que comemoramos o vigésimo aniversário da Constituição Cidadã, estamos enfrentando a maior crise econômica da era pós-moderna. Não deveria ser assim. Todavia, como somos cidadãos do mundo, o que acontece nos mercados internacionais influencia a economia do país dos índios, carnaval e futebol.
É quase como a teoria do caos. Aquela que afirma que as borboletas devem bater asas aqui e lá no Japão, do contrário causaria um maremoto que destruiria muitas vidas. Ou a teoria da ação e reação, que afirma que a terra esta sendo deslocada pelo pouso e decolagem dos aviões nos aeroportos. Também tem aquela outra que afirma que se todos os japoneses pularem ao mesmo tempo tiram a terra fora de órbita.
Teorias a parte, o que devemos saber, a grosso modo, que a economia não é aquela da teoria clássica, muito menos o dizer dos especuladores, é o processo dos débitos e créditos das escolhas erradas e certas dos investidores em avaliar o preço real dos investimentos.
Dessa forma, como a visão dos operadores de mercado geralmente são parciais, obviamente estão equivocadas ao real estado das coisas, o que faz o mercado nunca atingir o equilíbrio almejado e gera as famosas “bolhas”.
Foi assim em 2000 com o estouro da “bolha” das empresas de tecnologia que nunca valeram a metade do valor pelo qual que eram vendidas. Foi assim agora com o sistema habitacional americano, onde o dinheiro fácil fez a classe média possuir residências que também não valiam o preço pago.
O que fica é incerteza e o marco histórico dessa crise, pois o mercado vai tentar tirar vantagem da situação, o que se comprova com o sobe desce da bolsa dessa semana, fruto da compra exagerada de ações baixas e da crise de confiança.

Boa viagem.




Aprendi desde muito cedo, que na vida temos muitos conhecidos e bem poucos, muito poucos amigos. Os amigos são os resultados das nossas escolhas e também das escolhas dos outros. Ter um amigo é saber que as nossas virtudes e defeitos são aceitos por alguém. É saber que temos sempre com quem contar além da família.
Há um fio invisível que liga um amigo ao outro que transforma a amizade em uma capacidade extraordinária de um tipo de amor. Por isso, essa semana é muito triste, eis que perdi uma grande amiga que era uma exemplar mãe, uma grande esposa, expressional avó e acima de tudo uma mulher de fibra que transcendeu as barreiras de seu tempo trabalhando até o último segundo.
Nelsa Lucilia Ben Brum. Minha querida amiga. Podia ficar 6 meses sem falar contigo, mas quando falava parecia que fazia um único dia que havíamos conversado. Sempre cuidadosa, prestativa, perguntado se podia fazer algo para ajudar, preocupada com o Júnior, Jamile e Fernanda.
È uma perda para o mundo sua ida para o céu, pois pessoas boas de coração estão cada dia mais escassas. Me doeu no fundo de minha alma não poder falar contigo para dar um último adeus em vida, tomando um chimarrão na loja pela manhã. Faço agora essa homenagem póstuma para agradecer sua amizade e seus sábios ensinamentos.
Tenho certeza querida amiga que onde quer que você esteja está feliz, pois a verdade da amizade que muitas vezes os olhos não vem, pertencem ao domínio do coração e isso você teve de sobra, pois tinha um amigo verdadeiro.
Sei que você está em paz, pois seu mundo era do coração, da fé e da alegria do dever cumprido. Boa viagem.

S.O.S Planeta terra.







A ciência e a tecnologia evoluíram tanto, que hoje os seres humanos podem desfrutar de uma vida melhor que seus avós. No entanto, precisamos nos preocupar com a sobrevivência no futuro, como também com a qualidade de vida que nossos netos irão ter.
Por isso hoje, destaco algumas contribuições que podemos fazer para melhorar o Planeta Água para todos:
1- consumir só que for necessário;
2- separar o lixo;
3- economizar água;
4- não jogar no lixo comum pilhas e baterias, descarte nos ecopontos;
5- coletar água da chuva e usa-la para lavar os ambientes externos da casa ou até mesmo para aguar as plantas;
6- não queimar o lixo doméstico;
7- levar sua própria sacola ao supermercado;
8- apagar as luzes do ambiente quando sair.
Se cada um de nós se comprometer em fazer pelo menos quatro itens dessas questões sócioambientais, já estaremos deixando um planeta melhor para nossos descendentes.
Penso que só falar é fácil, o difícil mesmo é agirmos de forma ecológica e correta. Já estamos acostumados a deixarmos tudo para depois. O depois pode cobrar um preço muito caro de nossos bisnetos.
Esse alerta é porque vivemos a dilapidação dos recursos naturais, que, sem sombras de dúvidas, acontecerem numa velocidade e intensidade impressionantes.
Por fim, vimos diariamente a mídia mostrar a destruição do planeta, e é chegada a hora de mudarmos nosso comportamento ainda primitivo, para não dizer selvagem, por isso, S.O.S Planeta Terra.

Mola do universo.


A distribuição de renda no Brasil é um problema grave e, não é novidade que a concentração das riquezas do país está na mão de menos de três por cento da população. Por esta banda, o grito é geral em apoiar idéia de colocar mais dinheiro na mão dos menos favorecidos.
Todavia, essa equação que parece simples é muito complexa e, não se deve simplificar aquilo que é complicado, sob pena de cometermos erros irreparáveis. Notório que de vivemos em um tempo que o dinheiro está circulando mais na mão das pessoas em virtude do crédito fácil, o que, a meu sentir, é mais um problema que devemos resolver.
Poucas são as pessoas que sabem que não podem gastar aquilo que não têm e, que o cheque pré-datado também tem que ser pago. Daí vão comprando, comprando. Compram bolsas, sapatos, roupas, jóias, carros e casas e quando se dão conta adquiram na verdade um grande passivo, ou seja, uma dívida impagável.
Por esta sorte, apenas para exemplificar, estamos vendo que quando esses problemas começam a aparecer na vida das pessoas, o discurso bonito vira um lírio na tormenta.
A ilusória melhoria de renda da família que mergulha no crédito fácil dura muito pouco, pois os juros praticados pelo sistema financeiro brasileiro é, na melhor das hipóteses, agiotagem.
Dessa forma, fique atendo, planeje suas ações e, pense duas vezes antes de utilizar a principal moeda existente no mundo, que é o crédito, pois o dinheiro termina, e só com o crédito você poderá se reerguer sem a mola do universo.

Melhores do Ano...



Agosto é tido como o mês do “cachorro louco”. Porém, para quem não sabe é o oitavo mês dos calendários juliano e gregoriano, com 31 dias. Mês que segundo os dizeres populares se deve ter um cuidado redobrado, tanto com doenças quanto com acidentes. Mês que os mais idosos respeitam como nenhum outro. Mês tido como perigoso e depressivo.
Contudo, aqui em Santiago ele marcado pela noite das estrelas. Noite de felicidade. Noite do reconhecimento da competência, do empreendedorismo e principalmente da identificação das pessoas que prestam em nossa comunidade e em nossa região os mais diversos serviços em diferentes áreas de atuação social.
Falo do prêmio Os Melhores do Ano do Jornal Expresso Ilustrado. Data em que temos a oportunidade de rever amigos e apreciar os melhores e maiores shows artísticos e culturais que acontecem em nossa cidade. Regionalizando, podemos dizer que nessa noite acontece em nosso município o Óscar da competência santiaguense.
Parabéns a todas as pessoas que foram agraciadas com a estatueta de melhor do ano. Parabéns a FELICE e a AES SUL que foram as empresas patrocinadoras oficiais do evento. Aliás, gostei muito que a FELICE buscou e levou os convidados e os premiados, pois assim ninguém precisou se preocupar com inconstitucional Lei Seca.
Antes do fim, não poderia deixar de falar sobre o emocionante show de Michael Sullivan, que inclusive já marcou o livro dos recordes como o compositor que mais emplacou sucessos musicais. Emocionante ver todos os convidados da festa cantando as composições do cantor. Em resumo, nos resta esperar a festa de 2009, para mais uma vez podermos saber quem são os melhores do ano...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Terra de Abrantes...




Estamos na primeira década do século XXI, e me pergunto: será que até o final deste século o mundo vai ter a oportunidade de mudar para melhor? Não que eu queira um mundo hegemônico, mas quero um mundo com mais paz. A banalização da violência, da guerra diária é uma afronta a qualquer cidadão. A indiferença com que percebo a grande maioria diante da ação perversa da insensatez, da falta de humanidade, de visão de mundo, ódio, da corrupção, da escassez de limites mínimos, como o respeito ao que pensa diferente, tem me tornado meio cético. O monólogo inicial é para chamar a atenção de você, amigo leitor, pois agora quero transformá-lo em diálogo. Responda rápido. Quais as regras civilizadas que você desrespeitou hoje? Nenhuma? Tem certeza? Usou o cinto de segurança? Não tomou nenhuma “geladinha” antes de dirigir? Cumpriu no trânsito todas as determinações do código? Teve um argumento sensato para aquele pobre chato que teima em vender por telefone ou mandou ele pra ... Será que não ajustamos os nossos limites conforme nossos interesses? É, viu como somos egoístas e egocêntricos. “Cortando no toco”, quais seus planos, metas para as próximas décadas? Reveja as que envolvem também o coletivo, como votar, por exemplo. O candidato que vê escolheu para votar tem coerência entre o que prega e o que faz? É preciso ser sujeito da história, e não um alienado, ou um irresponsável frente ao que acontece no nosso entorno todo o tempo. Mudanças só acontecem pelas nossas escolhas e atitudes. Preste atenção nas atrocidades que estão acontecendo. Paz, progresso e desenvolvimento, precisamos todos ajudar a construir, ou então fica tudo como antes na Terra de Abrantes...

Algemar ou não?




O uso de algemas em nosso país, desde a época imperial, sempre gerou discussões favoráveis e contrárias a sua aplicação, por falta regulamentação sobre a matéria, que conforme o art. 199 da Lei de Execução Penal deveria ser disciplinada por Decreto Federal, até hoje inexiste no ordenamento jurídico. Como já se tornou praxe no Brasil, lá vai o Poder Judiciário suprir as lacunas das normas jurídicas, o que é permitido pela Lei de Introdução ao Código Civil. Entretanto, tal medida deveria ser exceção. Afinal, desde a edição do livro O Espírito das Leis, (1748) de Montesquieu, que lançou a Teoria da Separação dos Poderes, o Legislativo legisla, o Executivo executa e Judiciário julga. Aqui na Terra do pau-brasil, em pleno séc XXI, isso ainda não funciona. Talvez até por não sermos um país civilizado, como afirmou em depoimento à CPI dos Grampos da Câmara, o juiz Fausto Martin De Sanctis. Assim, o Supremo Tribunal Federal aprovou, nesta quarta-feira (13), a 11ª Súmula Vinculante, consolidando jurisprudência da Corte de que o uso de algemas somente é lícito em casos excepcionais, prevendo a aplicação de penalidades ao Estado pelo abuso nesta forma de constrangimento físico e moral do preso. Agora, não será só o Salvatore Catiola a não usar algemas, o Zé da Esquina também não irá usar, nem no Plenário do Júri Popular quando julgado. Como se sabe, de todas as decisões tomadas com base nesse entendimento do STF, não caberá recurso, eis que se trata de entendimento vinculado a todos os níveis jurisdicionais do país, o que será mais um problema para o velho e bom policial de rua, que terá mais uma preocupação permanente, além do salário de fome: “Afinal? Algemo ou não algemo?”

Atenção de filho.



Homem que deu ser a outro. Homem que tem um ou mais filhos. Genitor. Progenitor. Aquele que exerce as funções de pai (pai adotivo). Animal do sexo masculino que gerou outro. Designação bíblica da divindade, com relação a toda a criação. Tratamento que certos fiéis dão aos padres. Criador, fundador, instituidor. Benfeitor, protetor. Causador, gerador. Esses são apenas alguns dos significados, segundo o dicionário, da palavra que define o homem que o criou, ou seja, seu pai. Por outro lado, poderíamos definir o dia como sendo: Tempo em que a Terra está clara, ou o intervalo entre uma noite e outra. A claridade que o Sol envia à Terra. Tempo que qualquer corpo celeste leva para descrever uma volta em torno de seu eixo de rotação. As horas ou período diariamente estabelecido pelo uso ou pela lei para o trabalho. Atualidade, momento. Com todos esses sinônimos das palavras dia e pai, podemos ter uma pequena noção de como a ciência definiria o Dia dos Pais. Para alguns, essa definição é suficiente. Talvez para outros, esse significado seja muito mais simples. Agora para outros tantos, não é possível definir o dia do pai. Logicamente que pode ser uma data criada para o comércio vender mais. Também pode ser uma dada especial onde você pode demonstrar todo o seu amor para essa pessoa tão especial. Enfim, seja como for, pai vai ser sempre pai e merece todo respeito, amor, admiração, carinho, afeto e dedicação, afinal, você não sabe até quando ele ficará nesse mundo. Depois só resta saudade. Por isso, nesse Dia dos Pais, antes de qualquer outra coisa, independente de credo, de um grande abraço e um bom beijo no seu pai, e diga o quanto é grande o seu amor, pois para ele não há nada mais importante que atenção de filho...

Guerra política




Falar sobre dinheiro que entra no nosso bolso é muito bom. Agora, falar sobre dinheiro que sai do nosso bolso é muito ruim, não é verdade? Portanto, fique de olho. Mesmo a contragosto, vamos nos obrigar a dar uma alerta sobre um tema que é tão certo quanto a morte, ou seja, impostos. Sinônimo de dinheiro que vai e não volta. Mesmo em tempo que o governo federal bate todos os recordes de arrecadação do país, estamos próximos de novamente voltar a contribuir com a velha e boa CPMF (Contribuição “Provisória” sobre Movimentação Financeira). No entanto, agora, batizada de CCS (Contribuição Social da Saúde), no bom português é trocar seis por meia dúzia. Para que isso aconteça, na primeira batalha, os governistas da Câmara Federal, por se tratar de um projeto de lei complementar, precisam do voto de 257 parlamentares apoiando a matéria. Tarefa essa que não será fácil, pois além de barrar as votações, a oposição fez sucessivos protestos no plenário contra a criação da CSS. Alguns deputados federais chegaram a levar faixas, apitos e sacos de dinheiro, a fim de criticar a criação do “novo” imposto. Os cartazes reuniram mensagens como "precisamos de um fundo soberano da saúde", "não queremos volta da CPMF" e “Xô CCS”. Nesse clima de disputa política, somado ao período eleitoral municipal em curso, dois deputados chegaram a trocar empurrões (Waldir Neves (PSDB) e Zé Geraldo (PT)) no fogo dos debates em torno da criação da nova CPMF. O que fica para todos nós é a esperança de que em um período eleitoral seria suicídio implantar mais um imposto, além de que no Senado Federal, embora não haja ameaças de agressões, seja mais difícil aprovar essa matéria, portanto, que se perca a batalha, mas não a guerra política.

Amanhã poderá ser a sua




Que o trânsito no Brasil mata mais que uma guerra, todos sabemos. Que a lei seca não está funcionando, estamos vendo. Que a tolerância zero também não irá resolver o problema, ainda vamos ver. Mas o que é certo, é que nesta semana tivemos provas cabais que o problema do trânsito no Brasil vai muito além dessas questões. Para comprovação do alegado, basta ligar a TV que iremos ver inúmeros motoristas embriagados, sem cinto de segurança, rachas acontecendo e acidentes graves destruindo famílias.Um único acidente, na BR 386, envolvendo um ônibus e um caminhão, resultou na morte de 13 pessoas e deixou 22 feridos. Essa é a nossa realidade. O saldo dos mortos depois dos feriados, que nunca baixa de 20 pessoas, também é a nossa realidade. Somente uma mudança radical poderá terminar com as diversas almas amputadas e sonhos aleijados pelos acidentes de trânsito. Porque somos tão importantes que não podemos deixar de falar no celular, comer, beber, dançar, beijar, trocar o CD, ascender o cigarro, fumar, regular o ar-condicionado, andar sem cinto, fazer o retorno em local proibido, dirigir sem CNH, etc... Até mesmo “namorar”, só que este último com o carro parado, a não ser que o “malandrinho” seja mágico... Portanto, o que temos que mudar é a nossa cultura, a mentalidade dos motoristas brasileiros. Dirigir é algo sério, que merece atenção especial. No entanto, mudar é sempre difícil. Mas, já está mais do que na hora. Qualquer dor deve ser menor do que a perda de um ente querido no trânsito, não é verdade? Como será que estão estas 13 famílias sem seus familiares? Não esqueça que se você não fizer nada, amanhã poderá ser a sua...

Judiciário Gaúcho



Ao analisarmos o nosso Brasil varonil, não temos como não ficar perplexos, ainda mais em ano eleitoral. Em pleno séc. XXI, que se caracteriza pela rapidez de informação, basta abrirmos um jornal e, lá estão as notícias, prontas para serem “degustadas”. Entretanto hoje, o mais importante é o que não se diz. Esta semana não foi diferente, estampado em todos os meios de comunicação da República, um atrito interno do Poder Judiciário que acaba por nos levar um passo mais perto do precipício da perplexidade. Em apertada síntese, para o “homus médio”, tudo vira uma confusão generalizada. Afinal, como pode um “juiz” (Presidente do STF - Gilmar Mendes) soltar e outro (Fausto de Sanctis) prender em menos de 24 horas a mesma pessoa? A situação se complica mais se o acusado volta para o “xadrez” e é solto no dia seguinte. **********Daniel Dantas é o retrato visível de um confronto invisível. Qual é a mensagem que o Poder Judiciário “Nacional” passa aos cidadãos? O que ninguém esta explicando ao povo é isto: que a função da polícia é prender os bandidos, colher as provas e apresentá-las ao Poder Judiciário e não ao próprio povo, pois quem ainda julga no Estado Democrático de Direito é o juiz, respeitando a ampla defesa e o contraditório. Quando isso não acontece e, o povo passa a julgar, rasgamos a Constituição brasileira, eis que o acusado é condenado pela opinião pública sem direito de defesa, o que, por si só, gera injustiça. Resta para nós, da Terra dos Poetas, o conforto de que em nosso Estado, temos nobres julgadores, a exemplo de Rafael Silveira Peixoto e Cecília Laranja Bonotto, juízes da nossa cidade, que fazem um excepcional trabalho, mesmo sobrecarregados, mantendo assim, sem dúvida, a vanguarda do Judiciário Gaúcho.

Verdadeiros Heróis.




Ao começar a ler esse texto, respire. Pare com todos os pensamentos laterais. Concentre-se. Agora imagine que você perdeu os movimentos das pernas. Imaginou? Agora imagine que você perdeu todos os movimentos do tronco. Imaginou? Respire fundo. Agora Imagine que você também perdeu os movimentos dos braços.
Nesse momento você está tetraplégico. Agora imagine ainda que você não possa falar, somente pode ouvir, ver e pensar consigo. Você é prisioneiro de seu corpo. Como se sente nessa situação? Responda para si mesmo. Respire.
Agora pense que você não pode ouvir nem enxergar o mundo. Só lhe resta seu próprio pensamento. O que fazer nesse momento? A quem você poderá recorrer para solicitar ajuda? Como você irá pedir ajuda? Afinal, não pode exprimir de nenhuma maneira sua própria vontade. Respire. Para terminar, imagine que seu cérebro fica parcialmente paralisado, ou seja, pense que ocorreu uma redução de 50% de todo seu nível de compreensão das coisas.
Ainda existem motivos para viver? Existem! Nada é impossível! Em uma cadeira de rodas, com dificuldade para escrever e apenas 20% da visão, o gaúcho, acadêmico de jornalismo, Eduardo Silva Purper, 22 anos, encontrou uma forma de fazer sua monografia sem que tivesse que pedir para alguém digitá-la: em áudio.
O americano Rick Hoyt que não pode falar ou controlar os movimentos de seus braços e pernas e, apenas se comunica por computador, através da capacidade física de seu pai, sente-se um pássaro livre ao praticar triatlo, sendo dono de uma felicidade incrível.
Aqui no Brasil, as pessoas portadoras de deficiências possuem diversos direitos, inclusive constitucionais, que determinam, competência concorrente da União, Estados e Municípios em matérias destinadas a sua proteção e integração, porém raramente são implementadas, o que os transforma, em verdadeiros heróis.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

“Embriaguez dos caroneiros”.



Não se fala em outra coisa. A publicação no Diário Oficial do dia 19 deste mês da Lei 11.705/2008 que alterou a Lei no 9.503/97, que “instituiu o Novo Código de Trânsito Brasileiro”, e a Lei no 9.294/96, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, que visa inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor, é o assunto do momento.
Não poderia ser diferente, pois a lei em comento irá tentar alterar a cultura do brasileiro que, como todos sabem, gosta de tomar um “trago”, seja de cerveja ou da velha e boa “pinga” e sair dirigindo. Em apertada síntese, o texto legal proíbe o motorista de automóvel trafegar sob a influência de qualquer concentração de álcool no sangue, ressalvados os casos específicos de tolerância que serão regulamentados pelo Poder Executivo federal.
Ai começa o velho e bom jeitinho brasileiro, eis que, alguns “felizardos” ou “desgraçados” serão autorizados a conduzir veículos sob a influência de álcool. Talvez um desses casos específicos de ressalva seja o do padre que chega rezar quatro missas no domingo e, consome tranqüilamente um cálice de vinho nesses cerimoniais. Talvez daquele cidadão que exerça a profissão de degustador de bebidas alcoólicas. Talvez das pessoas que necessitam de medicamentos a base de álcool. Não se sabe ao certo.
O que fica, é que a presente lei, criada para proibir, de uma vez por todas, a mistura fatal de álcool e direção já nasce “torta”, para não dizer inconstitucional, visto que em seu próprio bojo trás ressalvas injustificáveis e, fere princípios basilares do direito brasileiro, como o de não fazer provas contra si mesmo, no caso da recusa de fazer o exame do bafômetro.
O bom ou o mal de tudo isso, é que a mesma lei autoriza o consumo de bebidas alcoólicas e venda varejista, antes proibida, nas margens das rodovias federais, o que possibilitará a somente a “embriaguez dos caroneiros”.

Direitos do nascituro.



Agradeço todos os e-mails enviados sobre a coluna do “Dia dos Namorados”. Hoje, respondo o questionamento de um leitor sobre o nascituro e o inventario realizado nas serventias notariais extrajudiciais.
Antes de tudo, devemos dar um aviso aos navegantes do significado da palavra nascituro. Segundo o Dicionário Aurélio é o ser humano já concebido, cujo nascimento se espera como fato futuro e certo. Trocando em português do brasileiro, é o feto em formação no ventre da mãe.
Daí, que o nosso Código Civil, no seu art. 2º assim dispõe: a personalidade da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Deste texto legal, se depreende, sem sombra de dúvidas, que o filho que ainda não nasceu, deve ter os seus direitos reservados. Acontece que, a Lei nº 11.441/07 que possibilitou a realização de inventários pelos cartórios notariais, através de escritura pública, em nenhum momento disciplina a situação do nascituro.
Tal diploma legal, apenas exige a maioridade de todos os herdeiros e a concordância na forma de separação dos bens do falecido.
Por outro lado, quando temos envolvidos os interesses de um menor, é obrigatório que o inventario ou partilha seja realizado no Judiciário com a participação do Promotor de Justiça.
Por esta sorte, salvo melhor juízo, entendo ser impossível a realização de inventario ou partilha de forma extrajudicial quando existir um herdeiro que ainda esteja na barriga de sua mãe, pois obrigatória seria participação do Ministério Público, intervindo em favor do interesse dos direitos do nascituro.

Amor...




Esta semana foi marcada por vários fatos de importância para o Brasil, porém nada chamou mais atenção que do que o “Dia dos Namorados”. Mesmo sendo ontem, hoje falamos sobre o amor, que é sempre um assunto que merece atenção.
Como diria Carlos Drumonnd de Andrade, “vamos de mãos dadas caminhar pelo mundo” ou como diria Camões “amor é ferida que dói e não se sente, é o um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer”. Seja como for, amor é aceitar humildemente o outro como ele é, pois ninguém pode mudar ninguém.
Se mudarmos a pessoa amada, na verdade não estamos amando. Estamos nos enganando. Talvez seja por isso que tantos casais se separam, por estarem amando uma pessoa que na verdade não existe. O que existe é uma ficção criada pelo outro, onde quem finge nunca será feliz.
Quem já amou sabe como é difícil. Embora tivesse que ser fácil, pois estamos falando de um sentimento que existe só no coração de quem ama. Coração que faz nós nos sentirmos estranhos. Quem nunca sentiu um aperto na garganta, um calafrio sobre a espinha ou uma frouxura nas pernas quando vê a pessoa que ama? É diferente da paixão, já se comprovou cientificamente que se trata de uma reação química ocasionada por formas simétricas procuradas pelo cérebro e, detalhe, logo passa.
O amor é muito mais que uma reação química. É respeito. É amizade. É companheirismo. É confiança. É carinho. É uma infinita combinação de sentimentos belos que nem é possível citar todos. Como é bom ter um amor. Podermos andar de mãos dadas, ficar tapadinhos no inverno, ter quem cuidar e ser cuidado. Ter quem lhe compreenda e enxugue suas lágrimas. Enfim, nunca se está realmente só, pois o seu amor esta sempre em seus mais íntimos sentimentos.
Claro que talvez esteja observando o amor de forma literária e romântica, mas quem não tem vontade de ter um amor assim? Que atire a primeira pedra. Por isso, agora, levante de onde você está e novamente ofereça uma flor ou de um beijinho, no seu próprio amor...

“Terra dos Poetas”.


Mais uma vez, atendendo aos pedidos dos leitores do Expresso, escrevo sobre fatos da nossa querida cidade de Santiago. Deixo de falar sobre o a CCS (nova CPMF) ou ainda sobre a possibilidade da alteração da composição das Câmaras Municipais de todo o Brasil. O assunto de hoje é o lançamento de mais três livros do projeto “Santiago do Boqueirão seus poetas quem são?”.
Para quem não sabe este projeto esta mudando a velha identidade negativa estigmatizada pelo ditado - “Santiago do Boqueirão quem não é bandido é ladrão!”? Ta certo que poderíamos responder a todos dizendo que por aqui se rouba coração e se mata a saudade! Mas não é o suficiente. Para suprir essa deficiência é que o Curso de Letras da nossa universidade vem pesquisando todos os escritores de nossa comunidade, para, cada vez mais, consolidar nossa cidade como o lugar onde os poetas resolveram morar.
Outro ponto que consolida essa imagem está fundamentado na lei do Vereador Nelson Abreu, que denominou Santiago de “Terra dos Poetas”.
Nesta terça-feira, o belíssimo projeto, apresentou a história, os pensamentos e as palavras de mais três escritores santiaguenses. Marcio Brasil, Ataliba de Lima Lopes e o grande Antonio Manuel Gomes Palmeiro, vulgo Barbela.
Só posso render homenagem a uma iniciativa tão bela. Nos dias de hoje não precisamos fazer como fizeram os índios no passado ao comerem os portugueses na busca do conhecimento. Apenas precisamos ler e aprender. A meu sentir, este trabalho, visa antes de tudo, à valorização da leitura e o reconhecimento dos santiaguenses que se animam a escrever suas linhas na “Terra dos Poetas”.

15 anos de tiro de canhão!



Todo o segundo que passa já faz parte do passado. O tempo não para. Não volta mais. O tempo é sucessão dos anos, dos dias, das horas, dos minutos que envolvem para o homem a noção do presente e do futuro.
Com o passar do tempo se adquire experiência, vivência. É assim que vemos a nossa vida transcorrer aos nossos olhos, no cálculo dos débitos e dos créditos dos momentos que vivemos.
Por este diapasão, na vida, estamos apenas de passagem e, não posso deixar de registrar e compartilhar com todos os leitores do Expresso Ilustrado nesse momento histórico, vivido por cada um de nós, a comemoração dos 15 anos de vida desse jornal.
Já disse publicamente que o Expresso, justamente pelo seu jeito e modo especial de colocar as matérias e pela significativa quantidade de ilustrações, acabou por se tornar um fenômeno, que atinge todas as classes sociais, como um tiro de canhão impactante em tudo que anuncia.
É óbvio que isso não é por acaso, pois o João Lemes, editor chefe, após estudar minuciosamente a maioria dos jornais de nosso Estado, chegou nessa fórmula de sucesso, que da de relho na concorrência.
Então, lá vão os meus parabéns para todos que fazem parte da família Expresso, que caminham de espora no meu coração. Que se repitam muitos e muitos anos de vida e que sejam realizados todos os sonhos mais íntimos de nosso semanário, pois é um jornal faca na bota, pau ferro, que vem dia-a-dia mostrando seu valor e que já está imbricado com a história de nosso município e da nossa região. Só não vê quem não quer. É um jornal que não usa a ponte para cruzar e depois sem a mínima coerência a implode.
Sendo assim, são 15 anos de tiro de canhão!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Florestas suspensas.




Interessante analisar o imbróglio surgido a partir do §1º do art. 188 e do inciso XVII do art. 49 da Constituição Federal, que são mais claros e cristalinos do que a água da mais pura das fontes ou do desgelo polar, que rezam que a alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
Acontece que, o nosso STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu, através de seu Ministro Presidente na suspensão de tutela antecipada do AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2008.01.00.004474-1 DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO que a concessão de floresta pública não é uma transferência de domínio e, por isso, a autorização prévia do Congresso Nacional é dispensável, pois se trata de exploração de produtos e serviços de uma unidade de manejo.
Segundo Gilmar Mendes, não se pode confundir concessão florestal com concessão dominial. A primeira não implica em transferência da posse da terra pública, mas a delegação do direito de praticar o manejo florestal sustentável na área.
Em sendo assim, faço minhas as palavras do Senador Pedro Simon da tribuna do Senado Federal quando falava a respeito da matéria: “pelo amor de Deus, qual é a tese do Governo? - concessão de floresta pública não é concessão de terra pública. Ou seja, em síntese, para o Governo, a floresta existiria mesmo sem a terra e o espaço. É fantástico! É fantástico!”
Realmente é fantástico, pois através deste ato, o Governo Federal poderá fazer a concessão de mais de 93 mil hectares em Rondônia, (Floresta Amazônica), e o Brasil será o único país do mundo que existe floresta sem solo correspondente, ou seja, aqui somente há florestas suspensas.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Falsa promoção


Nesta semana tivemos inúmeros acontecimentos que merecem, sem dúvida, uma atenção especial. A meu sentir, nenhum maior que o problema criado pelo Executivo Federal em função do §1º do art. 188 da Constituição Federal no tocante a 93 mil hectares da Floresta Amazônica. No entanto, deixo para semana que vem. Atendo hoje aos pedidos dos leitores deste espaço, que me solicitaram via e-mail, que escrevesse algo pertinente a nossa querida Terra dos Poetas. Sendo assim, não tenho como deixar de atendê-los. No que tange a nossa cidade de Santiago, trago ao conhecimento público, que alguns criminosos através do uso do telefone, estão aplicando novamente golpes nos santia-guenses. Se você receber uma ligação, tanto em sua residência como em seu aparelho celular, e do outro lado alguém se apresentar como representante da empresa SBT, Claro ou Nestlé, desligue o telefone. É golpe. Para esta constatação basta acessar os sites das referidas empresas, onde existem avisos de que suas promoções não requisitam nada em troca. Os meliantes, se aproveitando da fé de nossa comunidade e do grande prestígio das referidas empresas, iludem as vítimas dizendo que foram elas premiadas com uma casa e um caminhão de prêmios. A condição para o recebimento é a posse de três produtos da Claro e da Nestlé. Acontece que, de forma inacreditável eles induzem as pessoas a comprar cartões telefônicos e fornecer os códigos de crédito. Após o fornecimento dos referidos códigos, as vítimas ficam eternamente esperando os prêmios que nunca chegarão. Sendo assim, fique esperto. Não seja mais um ganhador dessa falsa promoção.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Dia das Mães



Na semana que festejamos o Dia das Mães, nada mais merecedor de destaque do que o recado dado ao Brasil, por unanimidade dos votos da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, da sua rejeição ao projeto de lei que descriminaliza o aborto no Brasil. O projeto de lei em questão, que está no Congresso Nacional há 17 anos, se aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vai ao Plenário da Câmara e, irá retirar o artigo 124 do Código Penal brasileiro que possui a seguinte redação: Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque - Pena - detenção, de um a três anos. De mais a mais, a retirada deste artigo do Código Penal, irá autorizar que a mãe possa praticar o aborto em si ou que outro lhe faça sem a existência de crime algum.
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Acontece que, o mesmo Código Penal em seu art. 128, autoriza o aborto praticado por médico se não há outro meio de salvar a vida da gestante ou ainda se a gravidez é resultado de estupro. Agora pergunto a todos os navegantes: será que a vida da criança que irá causar a morte de sua mãe ou a vida da criança que provém de um estupro é diferente da vida de outra qualquer? Existem dois pesos e duas medidas para a vida humana? É isto que o Código Penal afirma até hoje. É chegada a hora do Brasil assinar a sua maturidade política e assumir a realidade dura que assola o país, como o caso das 10 mil mulheres que supostamente fizeram aborto em uma clínica no Mato Grosso e tiveram seus prontuários médicos revelados pela polícia, pois só assim poderemos comemorar verdadeiramente o Dia das Mães.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Brasil, pátria amada...





Os desdobramentos da complexidade de interpretar nosso Brasil, além de gerarem incertezas por se constituírem em reflexões abertas e incompletas, pois não se pode simplificar o que é muito complexo, faz com que tentemos apontar apenas algumas variáveis que pensamos serem nesta semana merecedoras de virem à luz.
Não quero me contentar apenas com o significado da nossa velha “independência e democracia” nem correr o risco de irrefletidamente ignorar que elas ainda são muito frágeis. Atrevo-me a com ufanismo mesmo, valorizar nossa terra e nossa gente. Gente que luta por cidadania diariamente, gente que busca saúde, educação e segurança. Sonhos. Sonhos garantidos pela nossa Constituição brasileira, que ainda merecem ser visualizados pelas lideranças eleitas para gerenciarem a nossa cidade, nosso estado e nossa nação.
Romper com a política do favor, base do Estado brasileiro, também me parece ser uma condição para dar melhor legitimidade ao nosso país. Ainda, terminar com a corrupção e fortalecer o cumprimento dos preceitos Constitucionais, os quais “resultam da contraditória combinação de interesses e concepções tradicionais e modernas” como afirma Florestan Fernandes e, não ficarmos impermeáveis às fragilidades do nosso tempo, são condições sem as quais o significado de pátria fica comprometido.
A nossa responsabilidade enquanto cidadão passa pelo ato de votar, pois o destino do país passa por aqueles que optamos em legitimar como nossos representantes. Assim, na eleição que se avizinha a consciência cívica deve estar comprometida com a contabilidade dos débitos e créditos de todos esses contextos brasileiros, e, é procedimento que deve urgentemente ser realizado por todos nós, para que possamos afirmar com o coração: Brasil, pátria amada...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Com a força do povo. Lula denovo?


Idéia boba? Distração? Devaneio? “Conversa para boi dormir” ou continuísmo racional? Bem ou mal, é o assunto do momento no Congresso Nacional, que vez ou outra, surge com naturalidade entre os aliados do presidente Lula. Isso mesmo. Lula 2010. Mas para que isto ocorra, é necessário que rasgue a atual Constituição brasileira.
Logicamente que estamos longe das eleições para presidente da República, e que o próprio Lula é contrário a sua nova reeleição, inclusive, afirmando, que isto seria brincar com a democracia. Da mesma forma, a maioria dos deputados e senadores governistas também nega a sedução com essa possibilidade.
Mas o notório é justamente a idéia oposta, que parte do deputado petista Devanir Ribeiro, que é quase um irmão de Lula, pois o acompanha desde os tempos do ABC, que pretende fazer uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) onde o presidente do Brasil possa ser eleito mais de duas vezes consecutivas.
Como se isso não bastasse, ainda existem mais dois deputados petistas (Carlos Santana (RJ) e Marco Maia (RS)) que anunciaram que vão insistir na permanência de Lula, querendo propor um plebiscito para saber o que o povo pensa sobre o tema. De mais a mais, é algo bem parecido ao que Hugo Cháves fez na vizinha Venezuela. Obteve como resultado um NÃO esmagador.
Tudo perfumaria. Mesmo com um NÃO aqui no Brasil. A tônica da possibilidade da reeleição do presidente Lula passa pela possível PEC de seu amigão, onde seria necessário o voto favorável de 308 deputados e 49 senadores para a sua aprovação, lembrando que o Congresso Nacional é o órgão soberano do poder emanado do povo e não se poderia anular tal decisão. Com a força do povo. Lula denovo?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Princípio da inocência.


A imprensa brasileira está imbricada na historia do país. Desnecessário é falar sobre a sua responsabilidade pelo término da censura. Sua luta contra a ditadura. Ou ainda, sobre os serviços que presta diariamente ao cidadão. Sem sombra de dúvida, a imprensa é o 4º poder constituído na nação.
Porém, sua responsabilidade é igual ao tamanho de sua história. Depois de dizer que o camarada é ladrão. Mesmo que não seja. Inegavelmente ele se transforma. E isso vale para todos os crimes ou discriminações sociais. Até provar que “ovo não tem canto”, já ocorreu o trânsito em julgado da sentença condenatória da sociedade. Que é a pior de todas. Pois contra ela não cabe ação rescisória.
No recente caso da morte da menina Isabela, talvez pela forma terrível que ocorreu, a imprensa nacional se mobiliza na busca de informações sobre os acontecimentos trágicos daquela fatídica noite.
Acontece que, nem todos os veículos de imprensa são responsáveis e regidos pela ética e, na busca de espaço e maior rendimento, fazem qualquer negócio, inclusive, divulgar fatos inverídicos, que alteram de forma significativa a verdade.
Não sou defensor do jovem casal que está sendo acusado, muito menos da imprensa marrom, apenas defendo o que é justo e pautado pelo Direito, e no caso em questão, me parece que a palavra da vez é cautela, para que não se faça uma grande injustiça. Mais vale mil criminosos soltos do que um inocente preso.
Por fim, vale lembrar que o que deve prevalecer é o enunciado art. 5º inciso LVII, da nossa Lei Maior, que diz que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Esse é o princípio da inocência.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Infidelidade partidária.



Com a proximidade do período eleitoral, as questões que urgem são as políticas. Quem serão os candidatos? Quais serão as coligações? O que se pode ou não fazer durante a campanha? Etc. Porém, nenhum merece maior atenção do que o imbróglio que surge da relação da infidelidade partidária com a não verticalização das coligações.
Quanto ao referido tema devemos fazer algumas reflexões: É sabido que com advento da EC n.º 52/06 houve o fim da verticalização das coligações partidárias, ou seja, os partidos podem se coligar da forma que bem entendem, sem qualquer tipo de identidade ideológica em todos os entes da federação. Exemplo, PSDB e PT coligados.
Também se sabe que a partir de 27/03/07 não é mais possível a infidelidade partidária, pois gera a perda do mandato do vereador ou deputado que trocar seu partido por outro, reconhecendo que o mandato não é propriedade do eleito.
Que incoerência. Um pode tudo. Outro não pode nada.
Acontece que, o TSE ao tentar regulamentar a perda do mandato através da Resolução nº. 22.610/08, acabou por legislar em matéria eleitoral e processual civil, o que é vedado pelo inciso I do art. 22 da Constituição Federal, tornando a referida Resolução, em tese, inconstitucional.
Como se isso não fosse suficiente, a Resolução supramencionada inseriu como “justa causa” para a possibilidade de troca partidária, a ausência de coerência ou ideologia no partido político do infiel.
Sendo assim, nessa eleição municipal, se um partido coligar-se com outro de ideologia totalmente diferente da sua, não haverá impedimento para que o candidato eleito possa requerer o abandono de sua sigla por justa causa, continuando com a velha e boa infidelidade partidária.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Planeta lixo.




Desde o surgimento da escrita o homem registra as mudanças do clima. Não raras vezes foram encontradas indicações gráficas de enchentes, furacões, chuvas torrenciais, secas e outras variações climáticas. Em tese, todos acontecimentos naturais do globo, que mantém a biodiversidade e os ecossistemas do planeta.
Acontece que, com a modernização e evolução da tecnologia nos mais variados campos da ciência, a devastação da Terra vem acentuando de forma imensurável tais ocorrências, causando milhões de mortes de seres humanos.
Parece demagogia. Mas não é. Basta lembrarmos da Tsuname que de uma vez só matou mais de 400 mil pessoas. Sendo assim, após a semana de comemoração do dia internacional do uso racional da água é mais do que pertinente nos preocuparmos também com os resíduos que produzimos.
Estudos já comprovam que uma pessoa produz em média 1 kg de lixo por dia. Para onde vai toda essa sujeira? Na maioria das vezes, para água. Do que adianta termos um dos maiores aqüíferos do mundo se ele estiver poluído?
Pense nas seguintes questões. Para onde vão todas as sacolas plásticas que você recebe ao sair do mercado? Para onde vai à água do vazo? Da torneira? Você pensa que a água é um bem renovável? Alguma vez você já refletiu em economizar água? Produzir menos lixo?
Esta na hora de pensar. O homem já fez guerra por petróleo. Em um futuro próximo, também fará pela água. Lembre-se dos seus filhos, pois a terra logo deixará de ser o planeta água e graças a nós, será o planeta lixo.

segunda-feira, 24 de março de 2008

O Brasil é da corrupção...



Todos os dias o planeta nos apresenta no mínimo dois shows naturais incríveis: o amanhecer e o anoitecer. Mas quem olha? Naturalmente todos os dias pessoas nascem e morrem. Mas quem liga? Porém, nada parece estar mais esquecido e unido a natureza de nosso país do que a corrupção.
Na maioria dos registros históricos de nossa nação, lá estão os traços podres da corrupção. No Brasil colônia já existia. Hoje então, nem se fala. Vai do flanelinha aos ministros de Estado que caíram. Para provar que a corrupção está imbricada a identidade do brasileiro que leva vantagem em tudo, pergunto quem lembra da operação Hurricane ou da operação Toupeira ou da operação Farrapos?
Você lembra? Eu lembro. A operação Hunrricane desarticulou a máfia dos caça-níqueis cujo dinheiro era utilizado para comprar delegados, juízes e desembargadores. A operação Toupeira prendeu um grupo de criminosos que escavava túneis para invadir os cofres dos bancos. Já a operação Farrapos, prendeu o traficante Juan Carlos Abadia, que usava empresas brasileiras para lavar o dinheiro imundo das drogas que vendia.
Então, se não podemos mais confiar nos Poderes e autoridades constituídas, nos bancos para guardar nosso suado dinheirinho e ainda compramos mercadorias provenientes do dinheiro sujo das drogas. O que nos resta? Regionalizando. O que sobra para nós gaúchos? O caso do Macalão? A CPI do DETRAN? O novíssimo caso do DAER? O Brasil é da corrupção...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Civilização bárbara.




O que nos diferencia dos animais é o pensar e a forma racional de sentir o mundo que nos rodeia. Mas o que acontece se não pensarmos mais? O que acontece se não sentirmos racionalmente o mundo?
Penso que nos tornaríamos animais. Deixaríamos de ser humanos. Voltaríamos para a idade da pedra. Agiríamos unicamente por instinto.
Porém, pergunto o que sentimos quando um criminoso morre? Alívio? Parece que o pensamento dominante é de que bandido bom é bandido morto.
Partindo dessas questões e de que não sentimos mais a morte de um semelhante, será que ainda somos humanos?
Ocorreu em Porto Alegre uma demonstração da pertinência dessa questão ética, pois um homem misterioso bom de gatilho matou dois assaltantes ao reagir ao que seria mais um assalto a lotação na capital, tornando-se herói de cerca de 20 passageiros. Até ai tudo bem.
O que causa espanto é o fato de que após o homem misterioso ter tirado os dois corpos a chutes para fora, sob os aplausos das vitimas, a viagem continuou naturalmente, com os passageiros desembarcando normalmente até termo da linha.
Ninguém procurou a polícia. Não se sabe ao certo nem quem eram as pessoas que estavam no ônibus e o que realmente aconteceu a não ser por uma passageira que estava atrás de seu celular que foi apreendido na mochila do ladrão.
Do ocorrido, notamos que há uma trivialidade na violência e que não se confia mais no Estado Democrático de Direito, pois é autorizado matar em legítima defesa de si ou de outra pessoa. Todavia, até agora ninguém se identificou. Será que vivenciamos a banalização da morte? Que civilização bárbara.

terça-feira, 11 de março de 2008

A quarta jornada de trabalho.







Você trabalha 8 horas por dia? Você trabalha 12 horas por dia? Você trabalha um, dois ou três turnos? Perguntas interessantes não é? Já disse o profeta que é o trabalho que dignifica o homem. Dignifica quem mesmo? O homem. E as mulheres como ficam? Indignificadas? Que mundo machista. Todavia, como não poderia ser diferente, na véspera do dia internacional da mulher, o assunto do momento é esse ser fabuloso em todos os sentidos. Todo ano é a mesma coisa. Parabéns para elas no dia 8.

Mas será que o seu dia só é comemorado por causa dos protestos de 8 de março de 1857, quando lutavam contra os baixos salários e péssimas condições de trabalho ou sobre a controvérsia do incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist que teria matado 129 mulheres ou ainda pelo movimento feminista da década de 60. Dúvidas que permanecem.

O que é certo é o pensamento do filósofo, se o homem fosse mais forte que a mulher, Deus o teria escolhido para ser mãe. Quem não tem mãe que atire a primeira pedra. Claro que poderíamos citar imensuráveis qualidades da mulher, ainda mais agora que seu dia especial se avizinha.

Porém, penso que nenhuma qualidade é maior do que sua histórica dedicação para a família, filhos, marido e claro, a casa. Acontece que, hoje em dia, a mulher moderna já é a “chefe” da família, trabalha igual ao homem na maioria das vezes, e chegando em casa continua com os velhos afazeres, filhos pequenos ou grandes, maridos tarados ou não e casas sujas ou não.

Parece-me ser esse o maior mérito da mulher do século XXI. Faz tudo que nós homens fazemos, com mais cuidado e delicadeza, ganha menos e ainda independente de quantas horas já trabalhou obrigatoriamente ingressa na longa e dura quarta jornada de trabalho.

sexta-feira, 7 de março de 2008

1º Coluna no Expresso!


Estou impressionado com a repercussão! Semana passada, recebi um convite do meu querido amigo João Lemes para escrever uma coluna semanal em seu prestigiado jornal. Quase não consegui dormir de felicidade. Estou radiante por poder voltar a escrever crônicas, que são minha paixão! Ainda mais no maior veículo de comunicação de nossa região. Quase não pude fazer nada esta manhã com as pessoas me perguntando e falando sobre essa nova coluna. Mais uma vez vejo a força do Expresso. Parabéns João, Suzana e Sandra. Obrigado de coração!

Esse nasceu denvo! Veja

quarta-feira, 5 de março de 2008

Sexta Feira sai mais um tiro de canhão, ou seja, mais uma edição do jornal mais lido da região - Expresso Ilustrado - Veja o impacto das novidades!!!!

O que não se fala... Pai da criança...


Mais representantes... II
No ano de 2006, tivemos uma corrida eleitoral. Corrida esta que participei, como nas últimas 3 eleições, ativamente. Era, juntamente com o meu amigo do peito Márcio Weiler, coordenador da campanha de um candidato a deputado federal do PP.Em três municípios de nossa responsabilidade, inclusive em Santiago ( 705 votos), nosso candidato foi o segundo mais votado. Motivo de orgulho para qualquer coordenador de campanha. A exemplo da última eleição para deputado, trouxemos uma nova opção de voto para Santiago e região, pois ninguém me tira da cabeça que a nossa falta de representatividade política, tanto em Porto Alegre como em Brasília, é gritante e devemos urgentemente lutar para mudar isso. Do contrário tudo permanece igual.
Certamente, com mais representantes, teríamos uma região mais forte, onde efetivamente, através de nossos “galos” (vários), conseguiríamos mais investimentos e respeito para nossa gente.
Não temos nada. Somos reféns. Somos prisioneiros. Para toda nossa região, que não é pequena, temos apenas um deputado federal que faz voto. Ele sozinho, não consegue suprir todas as nossas necessidades. Nem que fosse mágico. È muito trabalho. Agora imaginem se ele, como fez na última eleição, fizer muitos votos em novas regiões. A situação piora. Ficamos piores do que estávamos em representatividade.Agora imaginem, que um outro deputado demonstre interesse pela região. Imaginem ainda, que esse outro deputado consiga liberar verbas federais de projetos que estavam trancadas como forma de barganha pela CPMF.Será que o deputado da região aceitaria isso com naturalidade? Afinal, ele é o herói nosso de todos os dias! Ele que manda dinheiro para o nosso belo e bom SUS do nosso Hospital de Caridade S.A. (se não me engano foram R$ 400.000,00) É ele que consegue liberar e renegociar as dívidas dos nossos pobres produtores rurais, que sempre quebram e vão mal de safra. Ele que sempre vem nos visitar. Ele que tira dinheiro do próprio bolso (construção de ginásios) para ajudar os municípios, Etc.
Convenhamos, isso é o mínimo. Agora querer se dizer dono do trabalho dos outros. Isso é inadmissível. Ainda hoje (5 de março de 2008) querem dizer que foi ele que liberou os mais de 3 milhões para Santiago. È mentira! Fui testemunha na época de todos os fatos que ocorreram. Quem liberou a verba milionária talvez até por não ter outros municípios que se enquadrassem nas premissas necessárias, foi o meu deputado de 705 votos (da quase 4 mil e 200 reias por voto de investimento). Isso confirmado para mim e para mais 2 testemunhas pelo ministro das cidades por telefone. Mais uma vez, me decepciono com o que vejo, com o que falam e com o que parece que vão continuar falando. Bobagens. Maldades. Engraçado que o Lula só presta de Porto Alegre pra cima. Porque quando fazem discursos ele não presta. Principalmente quando a platéia é de produtores. Conclusão: Tudo isso para não perder 2 ou 5 mil votos. Para não abrir espaço político. Para não perder o espaço sagrado que coloca o pão na mesa de poucos e boicota muitos. Mas os tempos são outros. As coisas estão mudando. E, um dia, que antes estava longe, agora esta mais perto, e todos vão ver que precisamos de mais representantes... não de um Deus na terra em forma de Deputado!

E não venham falar que a verba foi do Lula também. Até porque nossa prefeitura nao é do PT. A verba foi negociada pela CPMF. E quem negociou foi o Deputado de 705 votos. Fim de papo.

E esses 3 milhões e pouco quem trouxe foram os "bobos" que eram da Juventude do PP e que em nada eram valorizadose continuam sendo escrachados como sendo desorganizados etc. Quero ver eleger um vereador, um deputado estadual e um federal, como fizeram. Foi a Juventude que trouxe esse deputado e consequentemente foi ela também quem trouxe essa verba. Não é a toa que saíram do PP. E hoje estão no PMDB, onde certamente trará muito mais recursos.

segunda-feira, 3 de março de 2008

CIRCULA NA INTERNET - Um não enxerga... E o outro não fala!


Pense bem nessa imagem. Um não fala. O outro não vê.


Mais ou menos assim. Um quer ser candidado! Mas não fala(inclusive nega!). O outro pode ser candidado mas não enxerga que pode ser sem os narigudos. (pode ir só tranqüilamente)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Novo modelo nacional - o Sandero


Minha mais nova aquisição.....

Ta certo que não é um carrão. Mas parece. Tem um ar do Nissan Tiida, e parece um filho Mégane, mas é certo que é a versão hatch do Logan.

O grande diferencial dos outros carros da categoria como o CLio, Palio, Punto, FOX, Fiesta, 206 e Corsa,é , sem dúvidas o espaço interno, isso sem mencionar o enorme porta-malas que tem 320 litros.
Veja a ficha técnica de todos os modelos.
Modelo
Sandero 1.0 16V Sandero 1.6 8V Hi-Torque Sandero 1.6 16V Hi-Flex
Motor 1.0 16V Flex 1.6 8V Flex 1.6 16V Flex
Número de cilindros
4 4 4
Número de válvulas
4 por cilindro 2 por cilindro 4 por cilindro
Cilindrada
999 cm3 1.598 cm3 1.598 cm3
Potência máxima
Gasolina 76 cv 92 cv 107 cv
Álcool 77 cv 95 cv 112 cv
Tração
dianteira
Torque
Gasolina 9,9 mkgf 13,7 mkgf 15,1 mkgf
Álcool 10,1 mkgf 14,1 mkgf 15,5 mkgf
Câmbio
Manual de 5 marchas
Direção
Tipo pinhão e cremalheira Tipo pinhão e cremalheira servo-assistida
Suspensões
Dianteira
Tipo McPherson, com triângulo inferior, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora
Traseira
Rodas semi-independentes, braços longitudinais, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora
Freios
Dianteiros
Discos ventilados
Traseiros
A tambor
Pneus
185/70 R14 185/70 R14 / 185/65 R15 185/65 R15
Dimensões
Comprimento
4,02 m
Largura
1,74 m
Altura
1,52 m
Entreeixos
2,59 m
Peso
1.025 kg
1.055 kg
1.087 kg
0 a 100 Km/h
Gasolina
14,2 s
12,1 s
10,2 s
Álcool
14,1 s
11,7 s
10,1 s
Vel. máxima
Gasolina
160 km/l
172 km/h
181 km/h
Álcool
161 km/h
174 km/h
184 km/h
Porta-malas
320 l
320 l
320 l
Tanque de combustível
50 l

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

É isso ai!


Independente de já ter externado minha posição oficial como dirigente da juventude do PMDB, digo como pessoa e ser humano que vou trabalhar com unhas, dentes e com maior empenho do mundo para o meu candidato Dr Acácio. Quem viver verá!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Manifesto da JUVENTUDE DO PMDB


Santiago, 12 de fevereiro de 2008.





A COMUNIDADE SANTIGUENSE,




Após reunião da Executiva da JPMDBS, por unanimidade dos presentes, decidiu-se por apoiar incondicionalmente a candidatura do Dr. Accácio Eggres de Oliveira para prefeito de Santiago, o qual atua há mais de 40 anos na área da saúde em nosso município e possui imensuráveis trabalhos prestados ao nosso povo de forma humanitária. Além disso, exibe um invejável currículo político, tendo sido vereador em quatro legislaturas e candidato a prefeito por duas vezes, presidente do PMDB local e é, senão, um equivalente em nossa Santiago ao que Pedro Simon é no Brasil.


Entendemos que é chegada a hora de levantarmos uma bandeira pela retomada da credibilidade, ética e, principalmente, honestidade na política como um todo, uma vez que, em níveis nacional e estadual, observamos o afloramento de péssimos exemplos. Sendo assim, acreditamos e confiamos no nome de Accácio, que será capaz de bem administrar o nosso município e resgatar a moral na política, como só homens sérios sabem fazer e honrar os compromissos.


Sendo o que tínhamos para o momento.


Atenciosamente,




Rodrigo Vontobel Rodrigues Márcio Brasil

Secretário Geral Presidente

O Vendedor de laranjas - Por Márcio Brasil


O ano é 1978. Seu Ery Rodrigues trafega próximo ao trevo de São Luiz Gonzaga em seu retorno para Santiago. Ele trabalha como representante da Valmet Máquinas Agrícolas e, por isso, faz da estrada o seu balcão de negócios, visitando todas as cidades da região em busca de produtores rurais dispostos a modernizar a sua propriedade. Ao contrário de muitos colegas, ele visita desde o grande produtor ao pequeno, sem excessão. Ele sempre acreditou que não se pode ter preconceitos com ninguém seja, nos negócios, seja na vida social. E que as amizades representam muito na vida de um homem. Ao contornar o trevo, ele avista um rapaz, um vendedor de laranjas que, à exemplo de seu ofício, veste-se de maneira humilde, calçando chinelo de dedos. Ele faz sinal pedindo carona. Ery pára o veículo e pergunta para o rapaz sobre o seu destino. "Bossoroca", ele responde. "Entra aí", oferece Ery.
*******
Logo o humilde vendedor de laranjas conta que se desloca até São Luiz todos os dias para vender laranjas e ajudar no orçamento familiar. Fala bastante o menino, agradecendo pela carona e relatando que já estava há horas debaixo do sol quente esperando voltar para casa. Em seguida, o garoto indaga sobre a profissão de Ery. "Ah, eu vendo tratores", ele simplifica. O garoto se entusiasma. "Sabe, eu vendo laranjas num banco de São Luiz. Outro dia, após vender para o gerente, eu ouvi um senhor contando para ele que precisa comprar um trator. Eu o conheço. Posso levar o senhor lá", oferece o menino."É mesmo?", Ery se interessa. "Sim, a fazenda dele é um pouco adiante de Bossoroca. Eu levo o senhor lá". E assim, os dois rumam para a tal fazenda. Chegando lá, o menino bate palmas em frente à sede, chamando a atenção do proprietário. "Vamos passando", diz ele. Em seguida, Ery se apresenta e revela como tomou conhecimento de que aquele senhor estaria interessado num trator. "Sim, preciso comprar mesmo", ele confirma. E, assim, durante algum tempo negociam. Depois disso, os dois se despedem e Ery trata de deixar o jovem vendedor de laranjas em casa. Dias depois, o menino avista o carro de Ery estacionar em frente à sua humide residência. Ele vinha lhe trazer uma gratificação pela indicação do negócio. "Graças a ti eu consegui fechar esse negócio. Vim te agradecer". Naquele mesmo dia, Ery havia entregue o trator e outros equipamentos para o fazendeiro, num negócio que, na moeda de hoje, seria superior a R$ 100 mil. E que se não fosse ele ter oferecido carona para um simples vendedor de laranjas, de chinelo de dedos, não teria acontecido.

Relato de uma história real. Ery Rodrigues é casado com Rosane Vontobel e é meu pai.

Brilhante. Leia o comentário do querido Araponga sobra a política local.


http://www.blogdoaraponga.blogspot.com/


E parece que agora vai. Extraoficialmente, é depois do Carnaval que o ano começa. E, claro, 2008 é o ano das eleições municipais. Enquanto PP e partidos de oposição discutem seus possíveis candidatos e estratégias para a campanha majoritária (para quem não sabe, prefeito e vice), iniciam também as indagações sobre os possíveis candidatos ao cargo de vereador. Na última eleição, apenas se reelegeram Sandro Palma, Diniz Cogo, Nara Belmonte e Nelson Abreu. Os outros eram todos novatos. Da mesma forma, acredita-se que, para esse 2008, renovação será a palavra de ordem (apesar de que os atuais ocupantes dos cargos acreditem o contrário. Pudera). Enfim, mas quais seriam as possibilidades de cada um dos dez vereadores se reelegerem? Eis as minhas previsões, analisando o desempenho e a situação de cada um deles. (Por ordem alfabética)

Accácio Oliveira- PMDB- Se formos considerar o desempenho político do veterano médico e líder peemedebista, é bem verdade que já não tem o fôlego de mandatos anteriores. O discurso de Accácio soa ingênuo e ultrapassado, assim como a sua atuação legislativa. Apresentou poucos projetos, mas nada que obtivesse êxito. Em algumas sessões, parece incorporar o velho estilo do ex-vereador Luis Manoel, de quase cochilar. De qualquer forma, ele ainda é o termômetro político da Câmara, porta-voz da ética e dos bons costumes, algo que a política muito necessita. Quando Accácio resolve levantar alguma bandeira ou se posicionar contra a votação de algum projeto, o faz por questões de consciência ou, como tanto justifica, para "não violentar sua consciência". O nome de Accácio é cogitado para concorrer a prefeito pelo PMDB e pode ser o grande nome da oposição. Ele tem dito que não pretende concorrer a vereador, mas caso volte atrás, teria chances por possuir votos cativos. Basta lembrar que ele surpreendeu na última eleição, tendo feito uma campanha discreta e, mesmo assim, figurou como o terceiro mais votado.

Cláudio Cardoso- PP- Igual ao anterior, poucos foram os projetos apresentados pelo vereador progressista e líder evangélico. Da mesma forma, o discurso de Cardoso acaba sendo enjoativo. Decepcionou o segmento dos funcionários municipais por ter, diversas vezes, adotado uma postura da defesa patronal, ou seja, do prefeito. Por ter obtido grande parcela dos votos do funcionalismo, esperava-se que Cláudio Cardoso tivesse uma atuação mais voltada para eles, o que acabou não acontecendo. Porém, estreitou os laços com os evangélicos e, em função disso, pode somar uma boa quantidade de votos. Mas é certo que sua votação diminuirá. Mas, para se reeleger, terá de correr atrás dos votos que, teóricamente, perdeu no funcionalismo municipal.

Diniz Cogo- PMDB- Nunca um presidente da Câmara soube usar com tamanha maestria a máquina legislativa. Durante o seu mandato, em 2007, Diniz soube se manter na mídia de maneira elegante. Mesmo com a desculpa de gerenciar a Câmara, foi o vereador que mais apresentou projetos, promoveu a obra de ampliação, criou os novos setores (contabilidade etc), promoveu um concurso público e, de quebra, acabou sendo o principal articulador para a criação do Corede Vale do Jaguari. Desta forma, é certo que o prestígio político de Diniz Cogo aumentou. O fato dele ter saído de seu programa de bandinhas, na Verdes Pampas, pode influenciar e Diniz perder um pouco o seu público. Outros pontos negativos do vereador peemedebista resultam de seu temperamento explosivo e por assumir a condição de opositor ferrenho, na tribuna, do tipo "nada-do-que-o-prefeito-faz-tá-bom" (lembre-se que Chicão tem um prestígio que vale 20 mil votos). Mas, teóricamente, estaria entre os reeleitos, com a possibilidade de ampliar a sua votação.

Franquilim Pereira do Amaral- PP- Vereador do PP, ex-secretário municipal da fazenda, arrisco dizer que o vereador Franquilim deverá deixar a sua vaga para algum outro companheiro. Teve uma atuação legislativa fraca e discursos idem. Apesar de ser um homem honrado e ético, acabou não obtendo destaque por sua atuação legislativa. As únicas vezes em que gerou alguma notícia, foi quando abdicou de seu cargo na Mesa Diretora e depois concorreu a função de presidente, perdendo. Franquilim se elegeu com os votos do interior, especialmente de sua região, em Tupantuba. Porém, muito pouco dedicou-se a retribuir o apoio recebido. A não ser uma que outra sessão proposta para o interior, Franquilim acabou deixando seus eleitores na mão, já que esperavam mais dele. Outro fator é a sua ligação intrínseca com os fazendeiros e ruralistas, o que afugenta também o voto do homem simples do campo. Claro que Franquilim tem dinheiro e isso poderá ser o diferencial na hora da campanha. Porém, é certo que sua votação tende a diminuir em função do pouco resultado que apresentou como vereador. E, diminuindo, poderá ficar na "zona de corte" dos candidatos assim, como foi dito anteriormente, deixaria a vaga para outro colega. Teóricamente Franquilim não se reelegeria.

Marcos Roberto Fiorin Flores- (Ou Quinho)- PPS- O caso de Quinho é o mais interessante. Após ter presidido a Câmara de Vereadores, contra a vontade de seu partido anterior, o PP, Quinho resolveu dar o seu grito de indendência. Desfiliou-se do partido que o elegeu e criou a bancada do PPS, ignorando as propostas do PMDB e do PSDB. Sabe-se lá por que cargas d'água ele fez isso, afinal, para Quinho reeleger-se pelo PPS será uma missão impossível. O partido não possui expressividade, história e nem filiados no município. Certamente não terá uma nominata de puxadores de voto, com excessão do próprio Quinho que, para piorar, está com sua base de apoio esfacelada. Antigos companheiros, como Rodrigo Vontobel, se foram para outros partidos. E apoiadores financeiros, como Júlio Forster de Lima, sequer querem conversa com o vereador, alegando que ele não soube valorizar o apoio recebido durante a campanha. Como precisaria de um quociente de votos acima de 2.400 para eleger um vereador, o PPS corre o risco de perder a bancada a partir de 2009. Teóricamente Kinho não se reelegeria.

Miguel Bianchini- PP- Certamente não há nenhum outro vereador em situação mais cômoda do que o bombeiro-de-ferro para disputar a reeleição. Durante três anos, teve uma atuação de opositor dentro da Câmara, tornando-se a "pedra no sapato" dos ocupantes da presidência. Por conta disso, Bianchini foi amado e odiado pelos leitores e eleitores. Mas, levando em conta aquele dito "falem mal, mas falem de mim", Bianchini soube ter jogo de cintura. Ora atacava, ora era atacado. E poucas foram as vezes em que não se saiu bem. Esteve metido em todos os movimentos sociais, criou vínculo com associações de bairros, igrejas etc. Foi autor de diversos projetos importantes, principalmente ligados à questão ambiental e foi o principal defensor do prefeito Chicão na Câmara. Além disso, é incontestávelmente ético, íntegro e honesto. Mas, por conta de sua inflexibilidade política não foram poucas as vezes em que protagonizou brigas até com os próprios colegas de bancada. Mas e quem disse que o povo não gosta de uma briga? A postura de brigão, nesse caso, ajudou Bianchini a se projetar popularmente e, mais do que certo que a sua reeleição, é o aumento no número de votos. Bianchini periga ser o mais votado da próxima legislatura. E aí, meu amigo, todo mundo vai ter que lhe engolir.

Nara Belmonte- PP- O único momento nesta legistura, em que o nome de Nara Belmonte esteve em evidência, não foi por conta de sua atuação política e, sim, devido a contratempos em sua vida pessoal, onde recebeu apoio de amigos e estreitou laços. Apesar disso, soube aproveitar a sua condição de representante feminina na Câmara e sempre foi lembrada por sua atuação. A vantagem que Nara tem são os seus discursos, quase sempre em defesa da classe dos professores. É uma pessoa simpática e de muitos amigos. Mas, é certo que a sua atuação na composição 2005-2008, deixou a desejar. Poucos projetos apresentados e nenhum de reelevância. Nara figurou mais como defensora do Governo Chicão, nesse caso, com desenvoltura. Apesar de ter renunciado à Mesa Diretora, em 2007, teve bom relacionamento com todos os gestores do Poder Legislativo até então. Na eleição anterior, ela tinha a máquina da secretaria da Saúde na mão, por conta de sua união com Júlio Ruivo. Desfeita a parceira, encontra dificuldades em prosseguir no popular jogo de "te-ajudo-e-tu-me-ajuda-depois". A sua reeleição dependerá dos candidatos potenciais que o PP apresentar. É claro que a condição de mulher na política e professora, poderá render o quarto mandato a Nara Belmonte, mas acredito que sua situação tende a ser instável. Nesse caso, a reeleição de Nara torna-se uma incógnita.

Nelson Abreu- PDT- E chegamos ao atual presidente do Poder Legislativo, o vereador do PDT, Nelson Abreu que não cansa de dizer que esperou 19 anos para presidir a Câmara e que todo mundo elogia o seu trabalho e blá, blá, blá. Depois de Sandro Palma, Abreu é o segundo presidente a garantir para si a antipatia dos colegas. Basta lembrar que o PP se retirou da sessão em que Abreu foi eleito. Nos bastidores, o que se diz é que Nelson Abreu é demagogo, joga pelas costas e é egocêntrico. Em público, sua postura de dizer que não retira diárias e que só viaja às custas próprias é odiada pelos vereadores. Uma, porque dizem que as viagens a que ele se refere são particulares, portanto, não poderiam mesmo ser custeadas pela Câmara. Outra, que não viaja pela câmara porque é muito ligado à família, leia-se "mandado pela mulher". Outra, que apesar de não retirar diárias, seria o vereador que mais gasta com o telefone de sua bancada e que, individualmente, gastaria mais do que a bancada do PP que possui quatro vereadores (como se pode ver no quase sempre desatualizado site da Câmara). Maldades e falatórios à parte, Abreu tem se mantido na Câmara há cinco mandatos. E, do terceiro para cá, não conta com a super-exposição que a Rádio Santiago lhe proporcionou, já que está afastado da emissora há mais de uma década. No entanto, é pelo seu trabalho como locutor na radio de Jaime Pinto que Abreu alcançou a popularidade. Nas últimas duas eleições, porém, Abreu só entrou por causa da coligação com o PSDB. Como a regra não vale mais, é certo que o PDT irá suar para eleger um vereador e alcançar o quociente de votos. Há de se considerar ainda que uns e outros tem dito que Abreu poderia ser candidato a vice ou mesmo a prefeito, o que emocionou e encheu de lágrimas seus olhos trabalhistas (e narcísicos). Não se sabe se é por acreditar, de fato, nas suas possibilidades ou se seria uma forma de tirá-lo do páreo, já que o PDT só teria de condições de eleger um vereador. E se eleger, seria Nelson Abreu. Novamente falando das coligações, o fato delas estarem proibidas, dificulta e muito o retorno de Abreu em 2009. Teóricamente não se reelege.


Renato Cadó- PMDB- O ex-presidente do PMDB era suplente e conseguiu desempenhar mandato no legislativo durante dois anos, atuando na vaga do licenciado Sandro Palma e deu adeus ao cargo com o retorno de Palma. Cadó pode surgir como um dos principais nomes do PMDB, mas não por conta de sua atuação legislativa pois, afinal, muitos nem sabem que Cadó foi vereador. Teve uma atuação discreta, porém, longe de polêmicas de toda ordem. Seu discurso, porém, era dos melhorzinhos entre os vereadores, sempre ponderado e com categoria. Por conta de sua postura, Cadó foi alçado à condição de articulador das reuniões do frentão, que integrava os partidos políticos de oposição, obtendo o aval de líderes como Vulmar Leite, Mauro Burmann, Accácio Oliveira e outros. O trabalho de Renato Cadó como técnico da Emater lhe permite um contato direto com a população do interior, é o que lhe rende um trunfo. Somando isso à breve exposição que obteve exercendo a vereança, teóricamente Cadó poderá obter a titularidade na Câmara em 2008.

Sérgio Prates- PSDB- Dizem que o representante dos aposentados, como se apresenta o vereador Prates, deve a sua eleição em 2004 a um fator climatológico: a falta de chuva. Como no dia da eleição não houve precipitações, seus principais eleitores puderam sair de casa e votar com tranquilidade. Se tivesse chovido, muitos poderiam ter optado por deixar para outra vez, já que o voto acima de 65 anos é facultativo. Se isso influenciou a eleição de Prates não se sabe. Mas é certo de que o PSDB, assim como o PPS, o PTB e o PDT, pode ter problemas em atingir o quociente de votos, em menor grau, é verdade. A não ser que se torne cabeça de chapa na eleição ou lance candidatos potenciais. Nesse caso, bastaria convencer alguns figurões do PSDB, como Vulmar Leite, entre outros, a concorrer ao Legislativo. É certo que o PSDB elege vereador, não se sabe quem. Se Vulmar concorrer, se torna uma pedra no sapato de Prates. Mas se não concorrer, a chance dele voltar aumenta. Sua atuação legislativa, a exemplo de outros colegas, foi fraca apesar de ter apresentado vários projetos. Porém, a maioria deles parece ter sido retirada da Internet, copiado de outras Câmaras. Se a palavra de ordem na próxima eleição, renovação, for levada à risca pelos eleitores, Prates poderá estar na corda bamba já que seu discurso é ultrapassado e suas práticas ídem, sem falar no visual "Milionário e José Rico", extremamente retrô. Viu, só? Araponga também é fashion. Mas, enfim, Sérgio Prates se reelege? Depende da nominata do PSDB.

Sandro Palma- PTB- Veja como são as coisas, o vereador-fenômeno de 2004 que entrou para a história como o mais votado, pode estar dando adeus ao legislativo, em uma ou outra situação. Palma tem dito que pretende concorrer a prefeito o que, nesse caso, lhe colocaria fora da disputa para continuar na Câmara. Se ele vai ou não concorrer pelo PTB ou coligado com outros partidos, não se sabe, mas ele afirma que vai a prefeito. No caso de tentar um terceiro mandato, as coisas se complicam para Sandro Palma, que deixou o PMDB para fundar o PTB. Assim como o PPS de Quinho, o PTB de Sandro Palma é desses partidos de uma estrela só, dificultando alcançar o quociente de votos necessários para se reeleger. Mesmo que Palma mantivesse os 2.156 votos que obteve na última eleição, pelo PMDB, no seu partido atual o PTB, ele ficaria entre os suplentes (considerando que sejam 10 ou mesmo 13 as vagas para o legislativo). Outros fatores a serem considerados: Sandro descumpriu uma acordo com o PP para manter-se na presidência e, após, se licenciando para tratar da saúde. Sua postura mostrou, ao mesmo tempo, fibra, por ter enfrentado o PP e anti-ética, por não ter mantido a palavra. É certo que, se não fosse por isso, nem Quinho, Diniz Cogo ou Nelson Abreu teriam chegado à presidência e a oposição não teria sido valorizada. Talvez Palma faça disso uma moeda de troca para conseguir a vice ou algum cargo de secretário numa eventual vitória oposicionista na prefeitura. Mas, considerando suas chances para a vereança, como se falou anteriormente, elas surgem tímidas, ainda mais por ter atraído a antipatia de eleitores, descontentes pela exploração midiática que ele deu a sua própria doença. Se tiver de apostar, diria que Sandro Palma não se reelege para vereador. Pelo menos, não na atual situação do PTB.
Postado por Ponga, Ara Ponga às Quinta-feira, Fevereiro 07, 2008 0 Comente se for macho (a)...