sexta-feira, 31 de julho de 2009

Será que estivemos lá?


Aos 20 dias do mês de julho do ano de 1969, quarenta anos atrás, algo em torno de 1 bilhão de pessoas assistiram na televisão o homem chegar a Lua. Estudamos até hoje nos bancos escolares a famosa frase “Este é um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade”. Será?
Em função desse aniversário completado, comparando até com a crise dos quarentas dos homens, cresceu a quantidade de pessoas que não acredita que o homem chegou a pisar em solo lunar, encarando toda façanha como a fraude do século. O motivo de tudo isso? A mola do universo, dinheiro.
Logo após essa concretização dessa gigantesca obra, os Estados Unidos receberam os maiores investimentos internacionais, eis que todos queriam investir no país que virava a maior potencia mundial, como de fato é até os dias atuais.
Todo esse escândalo que aponta indícios claros de que o homem não esteve na Lua começou em 2001 quando a Fox Television fez um programa com o nome "FOX Special - Conspiracy Theory: DID WE LAND ON THE MOON?" (Especial FOX - Teoria da Conspiração: NÓS POUSAMOS NA LUA?).
De lá para cá o movimento só cresce, inclusive com um brasileiro, André Basílio, que conseguiu ir mais longe nas investigações que apontam que definitivamente não estivemos ali na Lua.
São muitos os indícios que levam a essa conclusão. Dentre os principais elementos estão: Fotos com diferentes tamanhos da Terra, ausência de estrelas no fundo das fotos, bandeira dos Estados Unidos tremulando na superfície lunar, sendo que não existem filmes fotográficos que resistam à enorme variação térmica existente na Lua (-153ºC a +107ºC), isso sem falar que a NASA, pensando na segurança, só pretende mandar o homem a Lua daqui a 10 anos. Então, será que estivemos lá?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Lya Luft A sordidez humana



"Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraçaalheia? Quem é esse em nós, que ri quandoo outro cai na calçada?"


Ando refletindo sobre nossa capacidade para o mal, a sordidez, a humilhação do outro. A tendência para a morte, não para a vida. Para a destruição, não para a criação. Para a mediocridade confortável, não para a audácia e o fervor que podem ser produtivos. Para a violência demente, não para a conciliação e a humanidade. E vi que isso daria livros e mais livros: se um santo filósofo disse que o ser humano é um anjo montado num porco, eu diria que o porco é desproporcionalmente grande para tal anjo.
Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse em nós (eu não consigo fazer isso, mas nem por essa razão sou santa), que ri quando o outro cai na calçada? Quem é esse que aguarda a gafe alheia para se divertir? Ou se o outro é traído pela pessoa amada ainda aumenta o conto, exagera, e espalha isso aos quatro ventos – talvez correndo para consolar falsamente o atingido?
Ilustração Atômica Studio
O que é essa coisa em nós, que dá mais ouvidos ao comentário maligno do que ao elogio, que sofre com o sucesso alheio e corre para cortar a cabeça de qualquer um, sobretudo próximo, que se destacar um pouco que seja da mediocridade geral? Quem é essa criatura em nós que não tem partido nem conhece lealdade, que ri dos honrados, debocha dos fiéis, mente e inventa para manchar a honra de alguém que está trabalhando pelo bem? Desgostamos tanto do outro que não lhe admitimos a alegria, algum tipo de sucesso ou reconhecimento? Quantas vezes ouvimos comentários como: "Ah, sim, ele tem uma mulher carinhosa, mas eu já soube que ele continua muito galinha". Ou: "Ela conseguiu um bom emprego, deve estar saindo com o chefe ou um assessor dele". Mais ainda: "O filho deles passou de primeira no vestibular, mas parece que...". Outras pérolas: "Ela é bem bonita, mas quanto preenchimento, Botox e quanta lipo...".
Detestamos o bem do outro. O porco em nós exulta e sufoca o anjo, quando conseguimos despertar sobre alguém suspeitas e desconfianças, lançar alguma calúnia ou requentar calúnias que já estavam esquecidas: mas como pode o outro se dar bem, ver seu trabalho reconhecido, ter admiração e aplauso, quando nos refocilamos na nossa nulidade? Nada disso! Queremos provocar sangue, cheirar fezes, causar medo, queremos a fogueira.
Não todos nem sempre. Mas que em nós espreita esse monstro inimaginável e poderoso, ou simplesmente medíocre e covarde, como é a maioria de nós, ah!, espreita. Afia as unhas, palita os dentes, sacode o comprido rabo, ajeita os chifres, lustra os cascos e, quando pode, dá seu bote. Ainda que seja um comentário aparentemente simples e inócuo, uma pequena lembrança pérfida, como dizer "Ah! sim, ele é um médico brilhante, um advogado competente, um político honrado, uma empresária capaz, uma boa mulher, mas eu soube que...", e aí se lança o malcheiroso petardo.
Isso vai bem mais longe do que calúnias e maledicências. Reside e se manifesta explicitamente no assassino que se imola para matar dezenas de inocentes num templo, incluindo entre as vítimas mulheres e crianças... e se dirá que é por idealismo, pela fé, porque seu Deus quis assim, porque terá em compensação o paraíso para si e seus descendentes. É o que acontece tanto no ladrão de tênis quanto no violador de meninas, e no rapaz drogado (ou não) que, para roubar 20 reais ou um celular, mata uma jovem grávida ou um estudante mal saído da adolescência, liquida a pauladas um casal de velhinhos, invade casas e extermina famílias inteiras que dormem.
A sordidez e a morte cochilam em nós, e nem todos conseguem domesticar isso. Ninguém me diga que o criminoso agiu apenas movido pelas circunstâncias, de resto é uma boa pessoa. Ninguém me diga que o caluniador é um bom pai, um filho amoroso, um profissional honesto, e apenas exala seu mortal veneno porque busca a verdade. Ninguém me diga que somos bonzinhos, e só por acaso lançamos o tiro fatal, feito de aço ou expresso em palavras. Ele nasce desse traço de perversão e sordidez que anima o porco, violento ou covarde, e faz chorar o anjo dentro de nós.

E agora?


No vapor da plena modernidade do século XXI, já podemos concluir que já não falta quase nada a ser inventado. Como diz um ditado muito antigo que ensina: “depois que inventaram a máquina de debulhar milho, já não se duvida mais de nada!”. É bom levar fé no dito popular. Pois não é que foi divulgado que um grupo de cientistas capitaneados por um biólogo iraniano Karim Nayermia, conseguiram criar em laboratório a partir de células-tronco esperma humano. Penso não faltar mais nada! Vejamos a que ponto chegou à ciência humana. Hoje tranquilamente se pode afirmar que o homem pode brincar de ser Deus. O que é um verdadeiro perigo. Muitos já diziam isso quando a clonagem de seres vivos deu certo com a ovelha Dolly em 1997 ou e recentemente com a gata Cc. Daqui alguns anos estaremos gerando o que? Outros humanos? Essa ideia também não é nova e parece que já esta sendo praticada em águas internacionais dentro de algum iate de um cientista maluco. Brincadeiras a parte, esse assunto merece uma reflexão de maiores proporções, eis que o esperma fabricado é idêntico ao que o organismo produz naturalmente, ou seja, é capaz de gerar uma vida se usado para fecundar um óvulo. Verdadeiro sonho de consumo das feministas modernas. Acontece que tal criação gera problemas e questões éticas muito profundas que ultrapassam qualquer movimento social, visto que diferentemente da clonagem onde a chance de dar certo é de apenas 3%, esse espermatozóide tem chances de quase 100% de gerar uma vida desprovida de origem genética masculina, ou seja, a criança nascerá sem pai. E agora?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Viver para ver




Não é de hoje que a indústria farmacêutica está crescendo no Brasil. Já faz algum tempo que todos nós ficamos conhecendo o que são medicamentos éticos, genéricos e similares. Grande parte da população passou a ter acesso a tratamentos e medicamentos mais baratos e com a garantia de eficácia. Acontece que, nos próximos dois anos (2010 e 2011) a indústria brasileira de medicamentos genéricos vai ter um crescimento gigantesco, algo em torno de quase 50%. Falo do vencimento das patentes (23 ao todo) de importantes medicamentos que, hoje só podem ser vendidos pelos laboratórios que as registraram. A conseqüência disso é monopólio e altos preços. Com tal vencimento qualquer laboratório legalmente habilitado poderá fabricar esses medicamentos, quebrando a hege-monia de grandes laboratórios, estimulando a concorrência no mercado. Quem ganhará serão os pacientes. Nesta lista, por exemplo, está o Viagra e o Lípitor, que estão entre os remédios mais vendidos no país, que só no ano passado faturaram metade de todos os genéricos juntos, algo em torno de 1,5 bilhões de reais. Só com esses dois gigantes já se pode ter uma idéia de como os genéricos irão crescer em 2010. Vai ser uma verdadeira guerra entre os laboratórios para ver quem vai conseguir chegar primeiro nas farmácias com o Viagra, por exemplo. Isso vem a somar diretamente com aquele famoso projeto de lei que queria dar Viagra aos idosos que necessitam. Com essa liberação de patentes, independentemente do projeto virar ou não lei teremos a partir de 2010, mais dignidade da pessoa humana. Viver para ver.

Evolução do Brasil




A nossa ordem jurídica brasileira é integrada por um complexo sistema normativo que conjuga, ao lado de instrumentos jurídicos contemporâneos e modernos (como a Constituição de 1988, Código de Defesa do Consumidor, Lei Eleitoral e etc), diplomas legais editados no início do Século (como o Código Penal (1940), por exemplo). Em face desse complexo universo de normas, velhas e novas, futuristas ou retrógradas, revelam-se tensões e conflitos valorativos dentro do emaranhado do direito brasileiro, sendo o Poder Judiciário o órgão que a todo o tempo realiza suas escolhas jurídico-políticas, a fim de aplicar o direito na sociedade. Para fazer uma analogia, vamos pegar a condição jurídica da mulher, cuja tensão valorativa atinge grau relevante. Se de um lado existe a Constituição brasileira, a Lei Maria da Penha e os tratados internacionais de proteção aos direitos da mulher, de outro existem diplomas ilegais e legais que adotam uma perspectiva de que o homem é o centro da terra. Tal afirmativa é de simples constatação, eis que o filho pode tudo a filha, nada. No mesmo sentido, o Código Penal ainda considera estupro um crime contra os costumes e não contra a pessoa, mais do que isso, até 2003 existia o pátrio poder, a chefia do poder conjugal e o privilégio da anulação do casamento pelo homem quando a mulher não fosse mais virgem. Verdadeiro absurdo. Ainda bem que os tempos estão mudando em relação à mulher. Do mesmo jeito que estão mudando em relação aos políticos. Hoje se um homem bate na mulher, vai preso. Hoje se um candidato usa caixa 2 é cassado. É sinal que o Brasil está evoluindo também pela força do Judiciário. Parabéns aos magistrados que estão ajudando na evolução do Brasil.