domingo, 9 de setembro de 2012

Quem vai entender?


Não é nova a discussão sobre o direito de greve dos servidores públicos, é argumento para todas as direções, tanto contra quanto a favor. O certo mesmo é que qualquer trabalhador ou classe trabalhadora possui o direito de fazer greve, inclusive, os servidores públicos. Aliás, como em tudo neste país, existe uma lei que regulamenta genericamente o direito a greve (nº 7.783, de 1989), além da Constituição (art. 9º) também o garantir. Assim, indiscutível que os servidores públicos não só podem como devem fazer greve quando tiverem justificados motivos para tanto. Estou com eles até para bater panelas.

Por outro lado, é até engraçado ver a discussão no Brasil, pois não era noticiado, tampouco estava na roda dos debates a quase generalizada greve que servidores públicos federais estão fazendo. Nada contra o Governo ou o PT que comanda o Brasil, mas falar em lei que regulamenta o direito de greve dos servidores públicos soa como hipocrisia, pois num passado não muito distante, sempre que os funcionários entravam em greve “a petezada apagava o incêndio com gasolina”, como disse Reinaldo Azevedo.

Assim sendo, deixo claro que também sou a favor da regulamentação (exigência constitucional) da greve dos servidores públicos e concordo com a ministra, Ideli Salvatti, quando afirma que “O Congresso Nacional deve ao país um debate e uma decisão” sobre o tema. O que fico chocado é que comungam da mesma opinião o PT e o PP. Como bem disse minha vó: “Hoje os tempos são outros”. Quem vai entender?

Pais ou não...


Acredito que nem mesmo as palavras podem definir o significado do que é ser pai. Vejamos: segundo o Aurélio, pai é o homem que deu ser a outro(s), que tem um ou mais filhos, progenitor, aquele que exerce as funções de pai ou ainda o indivíduo que tem mulher e filhos. 

Por certo que tais adjetivos não exprimem com exatidão a definição de pai. Ou estou errado?
Aliás, penso impossível fazer com clareza e amplitude a tradução da grandeza do significado. Do mesmo modo do que é ser mãe, embora já tenha visto incontáveis homenagens para elas, afinal, são quem efetivamente geram os filhos. Mas isso é assunto para um livro.

Apenas digo, ao ensejo da passagem do dia dos pais, que esses caras são pessoas que merecem, tanto quanto as mães, o respeito e a gratidão dos filhos, pois muitos são os casos em que as mães fogem da raia e os pais continuam lá, sólidos como uma rocha.

Exemplo inigualável desse sentimento foi mostrado pelo Fantástico, sobre um pai que superou a medicina e inventou um medicamento caseiro que mantém seu filho vivo há mais de 13 anos, mesmo desenganado pelos médicos.

Vejam suas palavras: “O sol nasceu e eu tenho uma série de problemas que eu nem conheço. Posso ficar triste e decidir não resolver. E o dia vai terminar do mesmo jeito ou eu posso ter a atitude de enfrentar cada problema que eu tiver no dia de hoje ou o que sobrou de ontem para resolver”. Que isto sirva de exemplo para todos nós, pais ou não... 

Chega de tiriricas!



Vamos contar: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez. Aprendi que para não nos irritarmos devemos contar até dez antes de falar sobre algo que é realmente irritante. Só contando até mil para não explodir em tempos de campanha eleitoral. Antes de tudo, deixo claro, que não tenho qualquer tipo de preconceito ou estou me referindo diretamente a qualquer candidato de Santiago ou da região, quiçá todas as classes sociais e profissionais tivessem seus representantes eleitos. Apenas registro minha tristeza com a falta de seriedade que alguns candidatos, pelo Brasil a fora, têm com os eleitores. Assim, para que não venham incomodar depois, qualquer semelhança que possa existir não passa de coincidência e, não vistam o chapéu, pois se servir é porque mais uma tiririca nasce no campo. 

Então, prestem atenção, me refiro aos vários candidatos que não têm qualquer projeto e apenas querem se eleger por fama ou para aprender qual é a função do prefeito ou vereador, seguindo os passos do deputado Tiririca. Neste sentido, podemos citar o próprio filho de Tiririca, o palhaço Tirulipa, do mesmo modo o humorista Pit Bitoca, a dançarina de axé Mulher Maravilha, a Mulher Pera... todos em campanha, se aproveitando da popularidade dos personagens. Tá certo que todos têm o direito de votar em quem quiser, isso é indiscutível. Mas calma lá! Pesquisem como votar nulo na urna eletrônica então. Aliás, para quem não sabe, tiririca é uma erva daninha. Chega de tiriricas! 

Hermanos...


É de cair os cabelos a notícia de que o Brasil não planeja o futuro, tampouco tem um projeto nacional de longo prazo (a não ser o do petróleo) e “mantém seu crescimento medíocre pela evolução favorável das exportações primárias (minério, soja, açúcar, tendo a presença crescente de petróleo bruto) e pelo endividamento assustador das famílias com compras (de veículos, eletrodomésticos etc) e com a corrosão de suas rendas familiares com os juros leoninos”. Muito preocupante, mas nenhuma novidade para quem olha o Brasil como meio de trabalho e subsistência. Outra, quem me dera ser o autor dessas celebres palavras, que partiram de ninguém menos que Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), ou seja, alguém que recebeu gente do país inteiro com a caneca na mão.

Não é de hoje que se vem brigando pela reforma tributária, isso porque os empresários e boa parte da sociedade trabalha 4 meses do ano apenas para pagar impostos, taxas e tarifas. É muito duro para qualquer empresário ir adiante, progredir, gerar empregos com esse enorme fardo. Portanto, lamentável saber que o Brasil não apresenta nenhuma política de longo prazo para geração de renda, como também é triste ver a desindustrialização que vê o endividamento familiar e recua frente à inadimplência. É chegada a hora de tratarmos os assuntos relevantes, pois mesmo que o Brasil seja muito rico, podemos voltar a ter uma boa recessão e uma bela inflação. Não é com conversa fiada ou declarações otimistas do governo que se resolvem as coisas. Olhem para nossos hermanos...

Realidade...


A semana foi muito movimentada. Assuntos são o que não faltam na pauta dos debates. Entretanto, não há nada mais importante para destacar no momento do que o aniversário de 61 anos da Rádio Santiago e a paralisação nacional dos caminhoneiros. Ambos os assuntos merecem ser debatidos, dada sua extrema relevância. O primeiro porque a (SUPER) Rádio Santiago está imbricada na história do município e merece todo o reconhecimento possível pelo trabalho social e informativo que desempenha na comunidade.
Portanto, parabéns para a grandiosa equipe que faz aquela rádio acontecer, desde o mais simples dos colaboradores até os imbatíveis Paulo Pinheiro, Juliano Nascimento e Jones Diniz, todos capitaneados por D.Ieda Pinto (a dona) e a D.Eda (a gerente), duas mulheres de fibra e extrema seriedade que não se descuidam da informação. Minhas sinceras homenagens.

Já quanto a paralisação dos caminhoneiros, devemos também render todo o nosso apoio para essa categoria, eis que os almofadinhas de gabinete lá de Brasília, que nunca sequer ligaram um caminhão, ainda não aprenderam (e nunca aprenderão) a fazer um estudo detalhado antes de vomitar bobagens no papel. Se agora já não há locais apropriados e seguros para estacionar, imaginem se todos tiverem que ficar 11 horas parados para “descanso” (sem condições de higiene e etc), fora outros absurdos. Tem que parar mesmo, engarrafar todo o país e fazer faltar comida na mesa dos cabeças de vento que vão inviabilizar o transporte no Brasil, pois somente aqueles que estão na boleia é que sabem de sua própria realidade...

Errado...


Já faz tempo que tenho a oportunidade e a honra de compartilhar minha singela opinião no Expresso. Além disso, talvez, seja um dos poucos que tenha escrito em quase todos os jornais de nossa cidade e da região. Neste ano, completo mais de 10 anos escrevendo (ou tentando escrever) sobre o cotidiano. Não é fácil. Me esforço.

A vocês, que dedicam um minuto para ler meus “mijados”, meu respeito e obrigado! Sou grato, pela confiança, pois é gratificante receber respostas de apoio aos pensamentos que marcam o papel. Agradeço também àqueles que odeiam a minha escrita (até mesmo minha pessoa) com ardente devoção.

Como os enamorados bem sabem: o amor, ainda que por um descuido, pode se render a outros encantos e até mesmo acabar. A chama da paixão é presa fácil, sendo necessária diariamente alimentá-la com carinho e respeito. Portanto, tenho que cortejar semanalmente quem gosta do que escrevo, como um eterno namorado novo.

Já para aqueles que me odeiam, basta que eu respire para que seja apedrejado, que dirá quando cometo qualquer deslize, seja no tema, na escrita ou na concordância. Viro motivo de chacota, xingamentos e piada. Faz parte. Quem está na chuva é para se molhar, mas a boiada vai passando. Não sou o dono da verdade, mas se pudesse dar apenas uma dica, seria esta: temos que ser como o bambu, sem nunca duvidar de nossas convicções, pois ninguém é dono de nossos pensamentos. Sigam acreditando no seu eu e naquela voz interior que nada dará errado...