quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Salário de fome.



“Quem foge à luta, golpeia a si próprio” (General Osório). Partindo dessa premissa, podemos afirmar que os aposentados brasileiros não estão a golpear-se, eis com maestria estão no meio do fogo cruzado de um grande embate político entre o Governo Federal e a maior Casa Legislativa brasileira.
Na noite dessa terça-feira, aconteceu, até por volta das 6h05 de quarta-feira, a terceira vigília em defesa dos interesses dos velhos guerreiros no Plenário do Senado Federal.
Esse movimento político está gerando muita discussão e, inclusive, já está transcendendo os limites do Senado, eis que já existe possibilidade de inúmeras manifestações no país, como por exemplo, a que acontece hoje na cidade de Santos, onde haverá paralisação por duas horas de todos os serviços públicos em apoio a causa. Apóie você também.
O foco dessa guerra é aprovação de três projetos de lei: (PLS) 296/03, que acaba com o chamado fator previdenciário, o (PLS) 58/03 que dispõe sobre a recomposição das perdas de rendimentos sofridas e também o (PLC) 42/07, que assegura aos benefícios dos aposentados reajuste igual ao do salário mínimo. O que é o mínimo! Acontece que a base do governo na Câmara não está disposta, por orientação, a aprovar os referidos projetos.
Essa batalha promete, eis que o principal líder do movimento, Senador Paulo Paim, já foi acusado de estar tentando se promover para próxima eleição, por ter afirmado, que todos os aposentados irão acabar ganhando apenas um salário mínimo no final da vida, justamente quando mais irão precisar de dinheiro. O que fica é a esperança de vitória do Senado nessa gigantesca queda de braço, pois todos nós seremos aposentados um dia, e, sem dúvidas, não vamos querer receber um salário de fome.

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