quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Verdadeiros Heróis.




Ao começar a ler esse texto, respire. Pare com todos os pensamentos laterais. Concentre-se. Agora imagine que você perdeu os movimentos das pernas. Imaginou? Agora imagine que você perdeu todos os movimentos do tronco. Imaginou? Respire fundo. Agora Imagine que você também perdeu os movimentos dos braços.
Nesse momento você está tetraplégico. Agora imagine ainda que você não possa falar, somente pode ouvir, ver e pensar consigo. Você é prisioneiro de seu corpo. Como se sente nessa situação? Responda para si mesmo. Respire.
Agora pense que você não pode ouvir nem enxergar o mundo. Só lhe resta seu próprio pensamento. O que fazer nesse momento? A quem você poderá recorrer para solicitar ajuda? Como você irá pedir ajuda? Afinal, não pode exprimir de nenhuma maneira sua própria vontade. Respire. Para terminar, imagine que seu cérebro fica parcialmente paralisado, ou seja, pense que ocorreu uma redução de 50% de todo seu nível de compreensão das coisas.
Ainda existem motivos para viver? Existem! Nada é impossível! Em uma cadeira de rodas, com dificuldade para escrever e apenas 20% da visão, o gaúcho, acadêmico de jornalismo, Eduardo Silva Purper, 22 anos, encontrou uma forma de fazer sua monografia sem que tivesse que pedir para alguém digitá-la: em áudio.
O americano Rick Hoyt que não pode falar ou controlar os movimentos de seus braços e pernas e, apenas se comunica por computador, através da capacidade física de seu pai, sente-se um pássaro livre ao praticar triatlo, sendo dono de uma felicidade incrível.
Aqui no Brasil, as pessoas portadoras de deficiências possuem diversos direitos, inclusive constitucionais, que determinam, competência concorrente da União, Estados e Municípios em matérias destinadas a sua proteção e integração, porém raramente são implementadas, o que os transforma, em verdadeiros heróis.

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