quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Guerra política




Falar sobre dinheiro que entra no nosso bolso é muito bom. Agora, falar sobre dinheiro que sai do nosso bolso é muito ruim, não é verdade? Portanto, fique de olho. Mesmo a contragosto, vamos nos obrigar a dar uma alerta sobre um tema que é tão certo quanto a morte, ou seja, impostos. Sinônimo de dinheiro que vai e não volta. Mesmo em tempo que o governo federal bate todos os recordes de arrecadação do país, estamos próximos de novamente voltar a contribuir com a velha e boa CPMF (Contribuição “Provisória” sobre Movimentação Financeira). No entanto, agora, batizada de CCS (Contribuição Social da Saúde), no bom português é trocar seis por meia dúzia. Para que isso aconteça, na primeira batalha, os governistas da Câmara Federal, por se tratar de um projeto de lei complementar, precisam do voto de 257 parlamentares apoiando a matéria. Tarefa essa que não será fácil, pois além de barrar as votações, a oposição fez sucessivos protestos no plenário contra a criação da CSS. Alguns deputados federais chegaram a levar faixas, apitos e sacos de dinheiro, a fim de criticar a criação do “novo” imposto. Os cartazes reuniram mensagens como "precisamos de um fundo soberano da saúde", "não queremos volta da CPMF" e “Xô CCS”. Nesse clima de disputa política, somado ao período eleitoral municipal em curso, dois deputados chegaram a trocar empurrões (Waldir Neves (PSDB) e Zé Geraldo (PT)) no fogo dos debates em torno da criação da nova CPMF. O que fica para todos nós é a esperança de que em um período eleitoral seria suicídio implantar mais um imposto, além de que no Senado Federal, embora não haja ameaças de agressões, seja mais difícil aprovar essa matéria, portanto, que se perca a batalha, mas não a guerra política.

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