quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vai que essa moda pega...

Segundo o dicionário, a palavra honestidade significa: honradez, dignidade, decência, pureza, virtude, probidade e decoro. Todavia, penso que o seu significado vai muito além dos limites impostos pela língua. O verdadeiro símbolo dessa palavra vai longe, transcendendo os limites do mundo atual, eis que ser honesto nos dias de hoje é sinônimo de ser “boca aberta”.
O velho jeitinho brasileiro, que ensina tirar vantagem em tudo, faz com que o sentimento de malandro impere sobre a honestidade, fato este que revolta as pessoas que têm o mínimo de decência. Talvez seja esse o último fio de esperança que não deixe o inferno se instalar na terra. Tanto é assim, que quando alguém se mostra honesto, logo vira notícia.
Não foi diferente com o lageano Antonio Carlos Muniz dos Santos, que pelo jeito, honra à palavra pelo fio do bigode e não precisa recorrer ao vernáculo para saber como é ser honesto.
Mais ou menos nos moldes daquelas piadas de português, na quinta-feira passada, ele achou um envelope no chão. Ao abrir, encontrou uma fatura de uma loja, que venceria dois dias depois, juntamente com R$ 170,00 em dinheiro que, em tempos de crise global, são bem mais que tentadores. Não é mesmo? Quanto mais para quem não tinha um “puto pila” no bolso.
Mesmo assim, ele não pensou duas vezes, e foi até a loja pagar a bendita fatura, no valor de R$ 167,07, de uma pessoa que nem conhecia. Que “português bobo” pensa o brasileiro velhaco. Mal sabia Antonio que, pouco antes de encontrar a conta, Edgar Goebel, também numa pindaíba financeira, era quem havia perdido aquele valoroso dinheirinho.
Edgar desesperado procurou, mas não encontrou e, arrumou o dinheiro com um amigo para ir até a loja. Ao chegar lá, surpreendentemente a conta estava paga. Prova inequívoca que pessoas honradas ainda existem. Por isso faça como Antonio, de um bom exemplo, vai que essa moda pega...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Luz no fim do túnel.




Passados quase dois anos da posse da governadora Yeda Crusios, é chegada à hora de fazermos uma pequena avaliação do “novo jeito de governar”. Para quem não sabe, nesse curto período 19 secretários caíram, três importantes medidas foram rejeitadas pela Assembléia Legislativa, o vice-governador nunca esteve integralmente ao lado do governo e vários escândalos aconteceram, como, por exemplo, a fraude do Detran e a compra da residência da governadora.
Como se tudo isso não bastasse, esse governo aumentou impostos, investiu pouco e não deu nenhum aumento para os funcionários públicos e, sequer mostra boa vontade em conceder, visto que ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade visando anular a lei federal que estipulou o piso mínimo a ser pago aos professores.
Isso sem mencionar os salários dos serventuários da justiça, Polícia Civil e Brigada Militar, que merecem, no mínimo, um reajuste de 38%. Mas nem tudo esta perdido para nosso Rio Grande. Todas essas ações desastrosas politicamente, que talvez signifiquem que nossa governadora não seja eleita nem presidente de seu bairro no futuro, estão diminuindo drasticamente o déficit do Estado.
Pela primeira vez nos últimos dez anos o déficit ficará em torno de 200 milhões em 2008 e para 2009 segundo o Secretário de Fazenda será zero, ou seja, nenhum gasto público estará fora dos valores arrecadados.
Nessa linha, podemos afirmar que velhas práticas adotadas pelas donas de casa, como poupar água, luz e supérfluos dão resultado, inclusive, nas contas de um Estado, o que possibilitará um ano de 2010 cheio de investimentos, ou seja, há uma luz no fim do túnel.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Brasil está precisnado do jeito do Requião.

Quem viver verá.



Com o slogan de campanha “Yes, we can”, que na língua inglesa quer dizer “sim nós podemos”, o candidato Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos, tornando-se o homem com maior poder na Terra. Poder este bélico e econômico, que até onde se sabe são as duas únicas maneiras de destruir qualquer soberania nacional.
Até ai tudo bem. No entanto, se fizermos as ciências humanas, sociais e exatas conversarem de uma forma multidisciplinar, visando um único fim e, por exemplo, pegarmos os ensinamentos da física, que nos orienta sempre observar o referencial que é adotado para analisarmos as coisas, podemos afirmar que para o Universo, Obama será o rei de um grão de areia.
Reinar um grão de areia no Universo não é nada. Governar os Estados Unidos aqui na Terra é muita coisa, visto que as decisões que o presidente eleito tomará nos próximos anos irão afetar diretamente nossas vidas aqui, seja no preço dos alimentos, dos combustíveis e até mesmo na solidez de nossa economia de “bolha”.
Resta para nós sabermos a resposta para pergunta que nasce do slogan: podem o quê? Podem terminar com as guerras no oriente médio? Terminar com o bloqueio a Cuba? Com a perseguição ao mundo árabe? Acabar com os absurdos subsídios aos seus agricultores? Com a negativa de assinarem tratados internacionais que obrigam a redução de poluentes? Ou com a arrogância com que tratam o resto dos países? Não sei.
O que fica com essa vitória histórica, que uniu todas as etnias que residem nos EUA e o povo americano, que votaram em massa, é a clara a promessa de mudança no mundo todo, quem viver verá.

Somos do tamanho dos nossos sonhos...




O assunto dessa semana brota da sala de aula, especificamente do tema de uma redação. Para quem não sabe, etimologicamente, o significado da palavra aluno é: sem luz. Então, eis que do sem luz, veio à luz. Estava totalmente sem inspiração para escrever a coluna e, um aluno me questionou sobre o tema de sua redação, qual seja: Umas pessoas valem mais do que outras?
Tema profundo, que exige uma extensa reflexão no mundo atual. Será que sim ou será que não?
Absolutamente a resposta é não. Não podemos perder a ternura, como diria um finado revolucionário. Ninguém vale mais ou menos que alguém. Todo mundo é igual, não é verdade? Todo mundo faz “xixi” e “cocô”. Todos somos seres humanos. Todos somos uma alma e nascemos pelados do mesmo jeito. “Voto de pelado vale igual ao de doutor”. Pensamos, logo existimos.
Acontece que uma pedra existe. Logo ela pensa? Não sei. O que vejo é a relevância do tema que irá ser debatido pelos alunos do ensino médio, pois na sociedade consumista e capitalista atual, parece que umas pessoas realmente valem mais.
Chegar nessa conclusão é assumir a falência da ética e dos princípios morais. No entanto, para constatarmos essa discriminação social, basta ver as entradas de serviço, os elevadores de carga, as áreas VIPS, as suítes presidências e o famoso jargão: “sabe com quem que tu ta falando”?
As pessoas passaram a ser do tamanho de seus pertences, ou seja, quanto menor for a classe social, menor é o valor dessa pessoa. Hipocrisia sem fundamento. Fracasso do Estado Democrático de Direito. Negação da natureza. Somos do tamanho dos nossos sonhos.

Salvando vidas...



Ao analisarmos o comportamento de nossa sociedade, não temos como não ficarmos totalmente perplexos. Parece que estamos perto do fim. Todo o dia o terror invade nossas casas. Nessa semana foram mais de 100 horas de sofrimento. Porém, dessa vez, não era o caso Isabela. Era o drama de Eloá.
O povo brasileiro já está começando a se acostumar com o sofrimento alheio. Dia desses, na TV, um repórter noticiava um acidente automobilístico e, ao fundo, percebia-se um ser humano com respiração ofegante preso nas ferragens prestes a morrer. Cúmulo sensacionalista. Banalização da morte. Até parece filme americano.
No entanto, lá é ficção e aqui é realidade vivenciada diariamente em histórias de crianças sendo jogadas de prédios e tiro na cara de reféns de 15 anos. Nada mais é impressionante aos olhos do brasileiro.
Talvez por isso, que a nossa mídia vai tão longe em suas coberturas jornalísticas, fazendo com que exista uma falta de sendo na mensagem que é enviada a população.
Todavia, a “super” cobertura do caso Eloá, pelo menos, irá servir para alguma coisa: - análise dos peritos criminais para determinar a ordem cronológica de todos os acontecimentos.
Dessa forma, público e notório viraram os fatos, inclusive, que os disparos só ocorreram após a invasão do apartamento e que todo o crime foi passional.
O que fica dessa enorme tragédia é a mensagem de solidariedade da mãe de Eloá que já perdoou o assassino e no mesmo segundo doou todos os órgãos de sua filha, transformando sua perda imensurável em esperança para outras cinco famílias, salvando vidas...