quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Judiciário Gaúcho



Ao analisarmos o nosso Brasil varonil, não temos como não ficar perplexos, ainda mais em ano eleitoral. Em pleno séc. XXI, que se caracteriza pela rapidez de informação, basta abrirmos um jornal e, lá estão as notícias, prontas para serem “degustadas”. Entretanto hoje, o mais importante é o que não se diz. Esta semana não foi diferente, estampado em todos os meios de comunicação da República, um atrito interno do Poder Judiciário que acaba por nos levar um passo mais perto do precipício da perplexidade. Em apertada síntese, para o “homus médio”, tudo vira uma confusão generalizada. Afinal, como pode um “juiz” (Presidente do STF - Gilmar Mendes) soltar e outro (Fausto de Sanctis) prender em menos de 24 horas a mesma pessoa? A situação se complica mais se o acusado volta para o “xadrez” e é solto no dia seguinte. **********Daniel Dantas é o retrato visível de um confronto invisível. Qual é a mensagem que o Poder Judiciário “Nacional” passa aos cidadãos? O que ninguém esta explicando ao povo é isto: que a função da polícia é prender os bandidos, colher as provas e apresentá-las ao Poder Judiciário e não ao próprio povo, pois quem ainda julga no Estado Democrático de Direito é o juiz, respeitando a ampla defesa e o contraditório. Quando isso não acontece e, o povo passa a julgar, rasgamos a Constituição brasileira, eis que o acusado é condenado pela opinião pública sem direito de defesa, o que, por si só, gera injustiça. Resta para nós, da Terra dos Poetas, o conforto de que em nosso Estado, temos nobres julgadores, a exemplo de Rafael Silveira Peixoto e Cecília Laranja Bonotto, juízes da nossa cidade, que fazem um excepcional trabalho, mesmo sobrecarregados, mantendo assim, sem dúvida, a vanguarda do Judiciário Gaúcho.

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