segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Nadar...




Citar Santo Agostinho serve para colocar ou tirar a própria mãe da cadeia. Agora, ao citar Paulo Freire o furo da bala é bem mais em baixo. Então, que me perdoem os pensadores de plantão, mas vou parafrasear ambos, para mandar uma mensagem que pode ser entendida por poucos ou muitos. Aliás, isso pouco importa. O que interessa mesmo é o sol nascer todos os dias.
Conta Freire que em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. O advogado pergunta ao barqueiro durante a travessia: Companheiro, você entende de leis? Não, respondeu o barqueiro. E o advogado compadecido: É pena, você perdeu metade da vida.
 A professora muito social entra na conversa e pergunta: Seu barqueiro, você sabe ler e escrever? Também não, respondeu o barqueiro. Que pena! Condói-se a mestra dizendo: Você perdeu metade de sua vida! Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco. O barqueiro preocupado, pergunta: Vocês sabem nadar? NÃO! Responderam eles rapidamente. Então é uma pena, conclui o barqueiro: Vocês perderam suas vidas!
Assim, como bem disse Agostinho, o orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios. Portanto, nunca pense que você é o todo poderoso ou sabe tudo, que não precisa de ninguém, todos têm algo para ensinar e lembre que há horas que não sabemos nadar...

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