Inferno!

Sem delongas, vamos ao que interessa: é de dar lágrimas nos olhos o fechamento da fábrica da Azaleia no Estado. É, ou não é? Pelo amor de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, são 840 famílias que ficaram sem o ganha pão.
Ferve-me o sangue, me corta a alma e principalmente resta abalado meu sentimento de humanidade quando vejo uma situação dessas. Ninguém, ninguém mesmo, merece ficar sem seu trabalho, sua dignidade. Trabalhador é trabalhador, pô! Anoitecer empregado e amanhecer desempregado, tira o chão de qualquer um. Ou to mentindo?
Mas tudo bem, o que esperar de um país onde o capitalismo selvagem impera, um país onde o quartel corre frouxo, um país onde há estímulo à criminalidade e onde as empresas pagam uma carga tributária absurda. Agora, ver isto no Rio Grande do Sul, de baixo de nossas "barbas", da vontade de jogar a toalha.
Quando se faz uma comitiva rumo a Porto Alegre (leia-se Assembleia ou Governo) para suplicar alguma coisa de interesse de uma região, município, empresas ou grupos, várias são as vezes que se toma um não na cara. Nada pode, pouco se pode fazer, a responsabilidade da ação não é nossa e, por ai vão as desculpas esfarrapadas.
Tudo conversa para "boi" dormir! Quando se é vereador, precisa-se ser secretário, quando se é secretário, precisa-se ser prefeito, quando se é prefeito, precisa-se ser deputado, quando se é deputado, precisa-se ser governador, quando se é governador, precisa-se ser ministro e quando se é ministro, precisa-se ser presidente. Afinal, ninguém pode "porra" nenhuma? Inferno!