quarta-feira, 4 de agosto de 2010

João Buracão


Já faz algum tempo que não escrevo uma linha sobre a nossa querida Terra dos Poetas. Vou matar a saudade. Na verdade, gostaria de escrever sobre a LEI Nº. 12.292, DE 20 DE JULHO DE 2010, que autorizou o Poder Executivo federal a realizar doação para a reconstrução de Gaza.

Preste atenção, tal ajuda de custo pode chegar à bagatela de até R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais). Muito bonito, como se não tivéssemos uma pequena Gaza em qualquer região metropolitana do Brasil. Mas deixa pra lá.

O foco que devemos analisar agora é a Gaza nas ruas asfaltadas de nossa Santiago. Não faz muito, li que o Poder Executivo municipal teria buscado e conseguido verbas para asfaltar diversas ruas de nossa cidade, totalizando 16 quilômetros. Até ai tudo ótimo.

Contudo, imploro. Pelo amor de Deus! Deixem os velhos paralelepípedos, que mesmo sendo irregulares, afundando aqui ou ali, são bem melhores do que o caos das ruas asfaltadas de nossa cidade, principalmente nos três acessos (entradas) do município.

Como diria Boris Casoy, isto é uma vergonha. Penso que antes asfaltarmos mais um metro de rua, deveríamos, no mínimo, tapar os buracos no asfalto que já existe.

Então, se for para asfaltar mais ruas e deixa-las apodrecer, melhor deixar do que jeito que estão. Caso contrário parece mais um caso para o João Buracão.

3 comentários:

Weimar Donini disse...

Caro blogueiro.

Concordo integralmente com suas ideias. Neste sentido encaminhei comentários aos blogs do Bianchini e do Nemitz. Nenhum deles lhes deu a merecida importância nem tampouco os divulgou (por motivos políticos partidários acima dos interreses coletivos, a meu ver).

Colaciono, abaixo, o que enviei ao edil.

Caro vereador.

Sou santiaguense de nascimento e de alma. Em férias, permaneci durante 8 dias na cidade.

Gostaria de manifestar-me a respeito do asfaltamento das ruas centrais da cidade, a panacéia dos tempos atuais. Tenho formação técnica em engenharia civil e sou drasticamente contra a substituição (ou capeamento) dos paralelepípedos, marca singular de nossa querida cidade.

O asfalto, a meu ver, de modo geral é um saco sem fundos de gastança pública. Exige constante manutenção e gastos consideráveis, mesmo quando bem executado tecnicamente (muito raro). Acrescente-se a isto o fato do trânsito livre de caminhões carregados, muitos acima da tara legalmente permitida.

Muitos dirão: olha, em frente à prefeitura é uma beleza! Rebato: Já observaram o asfalto na entrada da cidade, após a passagem pelo Pórtico. Claro, há asfaltos e Asfaltos mas via de regra faz-se apenas uma nata asfáltica. É mais barato, embora não resista a alguns dias chuvosos.

Se é para acabar com o singular calçamento em granito (diferencial em nossa região, rica em basalto), sugiro uma solução mais definitiva (e mais cara, claro), a recapagem em concreto, ótima solução para trânsito pesado.

As ruas estão com o calçamento horrível (vide Bento Gonçalves), mas pergunto: e a manutenção? Inexiste.

A meu ver, o calçamento das ruas com paralelepípedos, além de ser um diferencial, torna a cidade mais bonita e agradável.

Era isto.

Saudações de um santiaguense distante e inconformado.
28/07/2010.

Weimar Donini disse...

Caro blogueiro.

Quero redimir-me de minha postagem anterior. Revendo o blog do vereador Bianchini percebi que ele, efetivamente, não apenas publicou meu comentário como o colocou democraticamente em debate.

Aproveito a oportunidade, ao tempo em que agradeço sua consideração, reiterar minha discordância com a escolha do processo asfáltico pelos conterrâneos. Bom, errar é humano, dizem. Embora o erro coletivo seja preocupante. Já erramos feio ao permitirmos a demolição de nosa antiga e saudosa igreja matriz (mas isto já é uma outra novela).

Saudações cidadãs.

Rodrigo Vontobel disse...

Desculpe Weimar por demorar tanto tempo para responder/publicar seu comentário. Não sou contra o asfalto, apenas gostaria de ter uma rua/asfalto decente para trafegar.

abraço