terça-feira, 28 de abril de 2009

Segurança nacional.





Não é de hoje que os parlamentares da Capital da República utilizam suas passagens aéreas em beneficio de terceiros. É uma prática comum e muito antiga. Basta perguntar a qualquer pessoa com influência no mundo político. Entretanto, parece que agora, toda essa farra veio à tona como algo verdadeiramente imoral. Coisa que sempre foi.
Talvez porque os deputados usaram a cota de passagens aéreas para passeios com namoradas, filhos, amigos e até para negócios particulares. Ou ainda porque em época de caça as bruxas isso seja inaceitável ao médio brasileiro. Ou por último, pelo fato de que todo brasileiro fica bravo quando o benefício foi para o vizinho e não a ele próprio.
Apenas para ilustrar a idéia do uso amoral dessas passagens em benefícios de outras pessoas, basta ver que os Deputados Federais, além do salário de R$ 16.500, que até seria pouco para sua responsabilidade, têm o direito a mais ou menos R$ 50.000 para contratar assessores, R$ 15.000 para despesas de manutenção (hospedagem, consultorias, combustível), R$ 3.000 para correios, mais R$ 3.000 para telefone, mais R$ 3.000 para auxílio-moradia e ainda a famosa cota de passagens aéreas que poderá chegar dependendo do Estado do parlamentar a R$ 18.000. Somem para ver o resultado! É mole, ou quer mais?
Isso sem mencionar que até bem pouco tempo essas verbas indenizatórias poderiam ser utilizadas para contratação de qualquer empresa, dando margem para utilização desse dinheiro de forma ainda mais obscura. Seu verdadeiro uso é terra de ninguém. Não se sabe para quem vai nem para quem foi. Isso desde que o mundo é mundo.
Tomara que agora com tamanha notoriedade, seja dado um basta. Temos que ter transparência nos gastos públicos do Congresso Nacional, nem que seja para descobrir que nosso Deputado deu a volta ao mundo de avião e não fez nada. Ou vai me dizer que isso é questão de segurança nacional.

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