Iolando Lourenço e Ivan Richard
Repórteres da Agência Brasil
O governo insistiu até o final da sessão de quarta-feira (23.05) na tentativa de votar a Medida Provisória nº 556, que estende o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e para o setor educacional, mas não conseguiu fechar acordo com a oposição e parte da base aliada, e a votação foi novamente adiada. Com isso, a tendência é que a MP perca a validade antes de ser apreciada. Ela vence no próximo dia 31.05.
Desde o dia (22.05), o líder do governo na Câmara, Deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), tenta costurar um acordo para viabilizar a votação. Para isso, o governo aceitou retirar da proposta emenda que prevê a isenção de Imposto de Renda sobre participação nos lucros e resultados paga aos trabalhadores. Esse ponto será discutido entre o governo e as centrais sindicais antes de ser incluído em outra MP.
Contudo, outros temas polêmicos, como o aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para o etanol inviabilizaram a votação.
Na tentativa de viabilizar a votação, o relator da MP, Jerônimo Goergen (PP-RS), chegou a anunciar que retiraria a emenda proposta pelo governo para estender o RDC às licitações das obras do PAC. Mas depois da pressão do governo, ele manteve a medida. Mesmo não conseguindo aprovar o RDC na MP nº 556, o governo pretende incluir o dispositivo em outra MP que já está em tramitação no Congresso.
Outra Medida Provisória que está preste a
perder a eficácia é a de nº 557, que institui o Sistema Nacional de Cadastro,
Vigilância e Acompanhamento da Gestante e a Parturiente para Prevenção da
Mortalidade Materna. A intenção do governo é atingir a meta acordada com a
Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir a mortalidade materna a 35 por
100 mil nascimentos até 2015. Assim como a MP nº 556, a 557 perde a validade no
dia 31.05.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
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