Ao ler no Blog do amigo Júlio Prates sobre a possível saída do professor Barbará dos quadros da URI, não tenho como deixar de dizer que fiquei completamente chocado/triste, pois como egresso do curso de Direito daquela instituição, posso afirmar que ele é um magistral PROFESSOR, didático, ponderado, democrático, estudioso, parceiro nas horas certas, como também muito, mas muito exigente com seus alunos – todavia, com a matéria que foi alvo de estudo, portanto justo. Ou você estuda, ou não vai bem com ele. Faz júris simulados, traz jurisprudência dominante e atualizada para sala de aula e ainda por cima está sempre aliado aos melhores doutrinadores. É mole ou quer mais?
Sua saída, se é que isso é verdade, deixará uma enorme lacuna no ensino jurídico de nossa universidade, pois o Promotor Barbará é um grande Professor e o levo comigo em todos os lugares que estou, pois seus ensinamentos como jurista penal estão arraigados em minha memória e isso é para vida, isso é ensino.
Faço votos para que tudo não passe de um grande mal entendido e ele só saia da sala de aula quando sua idade não mais permitir seu belo e rápido raciocino. Um abraço ao Mestre, na acepção da palavra.
Sua saída, se é que isso é verdade, deixará uma enorme lacuna no ensino jurídico de nossa universidade, pois o Promotor Barbará é um grande Professor e o levo comigo em todos os lugares que estou, pois seus ensinamentos como jurista penal estão arraigados em minha memória e isso é para vida, isso é ensino.
Faço votos para que tudo não passe de um grande mal entendido e ele só saia da sala de aula quando sua idade não mais permitir seu belo e rápido raciocino. Um abraço ao Mestre, na acepção da palavra.
4 comentários:
Caro Rodrigo.
Felicito-o pela mensagem de apoio e carinho ao professor Barbará.
A distância física impede minha correta interpretação dos fatos. Vejo, porém, razão em ambos os lados. Principalmente na versão oferecida pelo professor. Pelo carinho, na dedicação e interesse na formação profissional dos seus alunos. Isto é raro e fundamental num educador engajado. Não creio que a Instituição queira abrir mão de tão competente profissional, de sua larga experiência, de sua didática amiga, incentivadora.
Sabemos, no entanto, a justa tendência do MEC sobre os cursos de direito, pressionando-os e punindo-os com o corte de vagas. É uma realidade factual. Cada vez mais será exigida uma maior especialização dos docentes. Hoje é exigido um determinado número de professores com nível de pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado). Amanhã, estas exigências às faculdades de direito fatalmente e de maneira gradual serão incrementadas. O lado bom da história é de que há interesse mútuo em resolver a pendência e o fato do professor reconhecer a necessidade de um aperfeiçoamento didático. Cabe à Universidade criar condições para que ele encontre um curso acadêmico adequado às necessidades, tanto suas quanto da instituição de ensino.
Hoje, as facilidades são muitas. Claro há de ter tempo e muita disposição.
Um abraço solidário a ambos. Torço pela permanência do Barbará. Todos ganharão com isto, certamente!
Voce esta certo Donini. Ja nao e de hoje que o MEC exige % de especialistas, mestres e doutores, o que e muito justo, pois assim se tem um ensino de melhor qualdade. Garanto que o professor Barbará tiraria de letra um mestrado ou doutorado.
Outro abraço.
Rodrigo
Prezado Rodrigo
Sou professor, Mestre e Doutorando em Educação pela Universidade Lomas de Zamora, em Buenos Aires. Ao ler seu comentário me pus a refletir sobre o grau de exigibilidade do MEC sobre os mestres e doutores nas instituições de nível superior. Acho salutar a exigência, porém o Brasil ainda investe apenas 1,5% do PIB em P & D e muito pouco em cursos de Mestrado e Doutorado. Qual tem sido a saída dos professores brasileiros? Migrar-se para países como Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, cujo custo fica ainda mais baixo do que fazer dentro do Brasil. O problema é que o país deveria ser mais sério com a educação e não querer se comparar a França por exemplo, em que o professor de ensino inicial tem que ter mestrado, entretanto a França tem uma grande oferta de vagas. Aqui, além de não ter vagas suficientes, as instituições públicas reservam as vagas para pessoas indicadas e vedam as participações de pessoas de fora deste ciclo.
Entendi que os comentários tratam do mestre Barbará, mas me permita apenas esse humilde comentário a respeito desta "vergonha" que o Brasil faz com os professores.
Abraços
Ventura Lima
Prezado Rodrigo
Sou professor, Mestre e Doutorando em Educação pela Universidade Lomas de Zamora, em Buenos Aires. Ao ler seu comentário me pus a refletir sobre o grau de exigibilidade do MEC sobre os mestres e doutores nas instituições de nível superior. Acho salutar a exigência, porém o Brasil ainda investe apenas 1,5% do PIB em P & D e muito pouco em cursos de Mestrado e Doutorado. Qual tem sido a saída dos professores brasileiros? Migrar-se para países como Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, cujo custo fica ainda mais baixo do que fazer dentro do Brasil. O problema é que o país deveria ser mais sério com a educação e não querer se comparar a França por exemplo, em que o professor de ensino inicial tem que ter mestrado, entretanto a França tem uma grande oferta de vagas. Aqui, além de não ter vagas suficientes, as instituições públicas reservam as vagas para pessoas indicadas e vedam as participações de pessoas de fora deste ciclo.
Entendi que os comentários tratam do mestre Barbará, mas me permita apenas esse humilde comentário a respeito desta "vergonha" que o Brasil faz com os professores.
Abraços
Ventura Lima
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