Inteligência nunca foi sinônimo de sabedoria. Muitas pessoas inteligentes não são sábias. Entretanto, todas as pessoas sábias, de certa forma, não deixam de ser inteligentes. Meio complicada essa afirmativa, mas é real. O sábio tem prudência, moderação, temperança, sensatez, reflexão, conhecimento justo das coisas, usa a razão, a ciência segundo a concepção dos antigos e modernos, tem astúcia. O inteligente aprende, apreende ou compreende, tem percepção, apreensão, intelecto, tem capacidade de adaptar-se, penetração, agudeza, perspicácia, destreza mental, habilidade, resolve situações novas pela reestruturação dos dados perceptivos. Daí pode-se concluir que é gritante a diferença entre o sábio e o inteligente. O inteligente se acha malandro. O sábio se acha incapaz de certas façanhas. O inteligente passa a perna nos outros. O sábio ajuda os outros. O inteligente quer fazer valer suas ideias. O sábio ouve mais do que fala. O inteligente quer concorrer com todos. O sábio não concorre com ninguém, por isso não há como vencê-lo. Trocadilhos e reflexões à parte, resta evidente que sábio é sábio e inteligente é inteligente. Óbvio. E o que é Doutor "Honoris Causa"? A grosso modo é um título universitário conferido sem exame ou concurso, ou seja, nada mais que uma homenagem a pessoas eminentes, que tenham se destacado em determinada área do conhecimento. Nesta semana nosso ex-presidente Lula recebeu essa honraria da Universidade de Coimbra (Portugal). Pergunto-me: Será ele sábio ou inteligente?
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